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Jeferson pescava pirarucu quando discutiu com Bruno antes de assassinatos no AM, diz Amarildo à PF

Informação foi dada por Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, durante a reconstituição do crime.

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Em reconstituição, Amarildo detalha morte e ocultação dos corpos de Bruno e Dom |Foto: divulgação / PF|
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Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, pescava pirarucu – peixe típico da região amazônica – quando discutiu com Bruno Pereira antes de assassinar o indigenista brasileiro e o jornalista inglês Dom Phillips. A informação foi dada por Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, à Polícia Federal (PF) durante a reconstituição do crime, realizada na semana passada.

De acordo com Amarildo, houve uma discussão quando Bruno e Dom encontraram Jeferson no rio Itacoaí, próximo à Comunidade Cachoeira, em Atalaia do Norte, no Amazonas. O suspeito não explicou os motivos da discussão.

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Na reconstituição, Amarildo, que, segundo a PF, já tinha confessado ter participado diretamente dos assassinatos, falou que “Pelado da Dinha” foi o responsável pelos tiros.

Durante o procedimento, o delegado da PF narra que Bruno e Dom desciam o rio na voadeira (lancha). A partir daí, Amarildo conta que, em determinado momento, Bruno e Jeferson começaram a discutir.

“Então o Jeferson, de alcunha Pelado, ele estava aqui em sua canoa de madeira matando um pirarucu, é isso?”, questiona o delegado. Em seguida, Amarildo confirma: ‘Aham’.

Bruno Pereira sofria ameaças por fiscalizar a pesca ilegal em território indígena. Na região amazônica, a pesca do pirarucu só é permitida em parte do ano e apenas em áreas permitidas. Em terras indígenas, a pesca é proibida.

Segundo a União dos Povos Indígenas (Univaja), por cauda do trabalho de combate à pesca ilegal, Bruno tinha porte de arma e autorização para trabalhar armado. Mas conforme a organização, no dia em que foi morto, o indigenista dispensou os seguranças que o acompanhavam.

Durante a reconstituição, Amarildo também contou que Bruno revidou os disparos e que houve troca de tiros. Ainda de acordo com o suspeito, o indigenista foi morto primeiro.

“[Você viu] a hora que o Jeferson disparou contra o Bruno?”, perguntou o delegado. O suspeito confirmou com a cabeça.

Após ser baleado, Bruno perdeu o controle da voadeira, que adentrou uma área de várzea. Lá dentro, Dom foi executado.  

Em depoimento, Jeferson confessou envolvimento nas mortes de Bruno e Dom. Outro preso, Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”, irmão de Amarildo, nega as acusações.

Segundo a polícia, outras cinco pessoas são suspeitas de ajudar a enterrar os corpos na mata. Elas foram indiciadas por ocultação de cadáver, e vão responder às acusações em liberdade.

Dr Rodrigo Dentista
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