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Negociações diretas entre Ucrânia e Rússia começam em Istambul

Nova rodada de conversas vai tentar destravar pontos chave do diálogo

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O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, abre a sessão de negociação entre Rússia e Ucrânia nesta terça-feira (29) — Foto: via AFP
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Começou na manhã desta terça-feira (29) uma nova rodada de negociações entre Ucrânia e Rússia, que vai tentar destravar um acordo para colocar fim a mais de um mês de ataques russos ao território ucraniano. Reunidas em Istambul, na Turquia, as delegações dos dois países debatem nesta manhã os dois principais pontos impostos pelos ucranianos: garantias de segurança e a organização de um cessar-fogo por questões humanitárias.

As delegações dos dois países foram recebida pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que pediu o fim imediato da guerra. Na semana passada, a conversa entre os dois países terminou travada nos principais pontos. No domingo (27), porém, o presidente ucraniano

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“As conversas que acontecem agora focam em questões importantes. Uma delas são as garantias internacionais de segurança para a Ucrânia e a segunda é o cessar-fogo para que possamos resolver problemas humanitários que se acumularam no país”, disse o conselheiro político do governo da Ucrânia Mykhailo Podolyak. “Com esse acordo seremos capazes de dar um fim à guerra”.

Do lado russo, o negociador Vladimir Medinsky afirmou na televisão estatal do país que os dois lados devem produzir uma declaração conjunta já nesta terça-feira. A delegação enviada pelo Kremlin vai exigir da Ucrânia garantias de neutralidade.

No início da sessão, o presidente turco pediu colaboração das duas partes. “As partes têm preocupações legítimas, é possível chegar a uma solução que seja aceitável para a comunidade internacional. A prorrogação do conflito não interessa a ninguém”, afirmou Erdogan, que pediu pressa às delegações.

“O mundo inteiro espera boas notícias”, disse o líder turco aos negociadores.

Roman Abramovich

De acordo com a agência France Presse, o oligarca russo Roman Abramovich, que que tentou se posicionar como negociador entre Moscou e Kiev, também participa do encontro. Abramovich e outros membros da delegação ucraniana passaram mal após reunião na capital da Ucrânia, e foi levantada a suspeita de envenenamento, que o serviço de inteligência dos Estados Unidos negou na segunda-feira (28).

Posição da Turquia

A Turquia recebeu em março a primeira reunião de ministros das Relações Exteriores da Rússia e da Ucrânia desde o início da invasão russa. Mas o encontro não resultou em um cessar-fogo e nenhum avanço significativo foi registrado.

A Turquia, que compartilha a costa do Mar Negro com os dois países beligerantes, atua desde o início da crise para manter laços fluidos com as duas partes e e se esforça para atuar como mediador do conflito. Ancara é um aliado tradicional de Kiev e forneceu ao país os drones Bayraktar, que a Ucrânia utiliza no conflito.

Ao mesmo tempo, o governo de Erdogan país também procura manter boas relações com a Rússia, já que depende fortemente das importações de gás e das receitas do turismo.

A Turquia também se envolveu, ao lado de França e Grécia, na negociação de uma retirada humanitária dos milhares de civis bloqueados no porto ucraniano de Mariupol, cercado pelos soldados russos.

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