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Família de Moïse aceita gerir quiosques que terão memorial em homenagem ao congolês

Mudanças preveem transformar quiosques em centro de referência da cultura africana

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Prefeitura vai transformar quiosques na Barra da Tijuca em memorial em homenagem ao congolês Moïse Kabagambe e à cultura africana — Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio
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A família do congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte na orla da Barra da Tijuca, aceitou a proposta da Prefeitura do Rio para gerir um dos quiosques que vão ser transformados em memorial. A informação foi confirmada pelo advogado dos parentes dele, Rodrigo Mondego, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ).

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Fazenda, informou que vai fazer um memorial em homenagem à cultura congolesa e africana nos quiosques Biruta e Tropicália, onde Moïse foi morto a pauladas.

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Em nota, a prefeitura disse que o contrato de concessão com os atuais operadores dos quiosques está suspenso, durante a investigação do crime e que, “caso se comprove que eles não têm qualquer envolvimento no crime, A Orla Rio discutirá a transferência para outro espaço”.

“Caso contrário, o contrato será cancelado. Ainda não há prazo para a execução do projeto. Neste momento a Prefeitura está conversando com a família”, diz a nota.

Projeto mostra o rosto de Moïse no quiosque  — Foto: Divulgação
Projeto mostra o rosto de Moïse no quiosque — Foto: Divulgação

Manifestação

Neste sábado, são realizadas no local e em outras cidades do país manifestações cobrando justiça e promovendo a luta contra o racismo e a xenofobia.

O objetivo, segundo a prefeitura, é promover a integração social e econômica de refugiados africanos e reafirmar o compromisso da cidade com a promoção de oportunidades para todos. A ação será realizada em parceria com a Orla Rio, concessionária que opera os quiosques.

O secretário municipal de Fazenda Pedro Paulo Carvalho disse que a transformação do quiosque é uma forma de reparação à família. E vai ser um espaço público de lembrança para que a barbárie não seja esquecida e não se repita.

O secretário acrescenta que a gestão de um dos dois quiosques será oferecida aos parentes de Moïse. Já as oportunidades de emprego ligadas aos dois quiosques deverão, também, ser oferecidas a refugiados africanos residentes no Rio.

Além disso, em parceria com o Sesc/Senac e com organizações sociais, a prefeitura e Orla Rio vão criar um programa de treinamento e capacitação para esses imigrantes atuarem no setor de alimentação.

As mudanças previstas incluem uma reformulação da arquitetura dos quiosques para que eles se transformem em um espaço de celebração da cultura do povo africano, tendo ali um ponto de referência com comida típica, música e artesanato.

A concepção e execução do projeto serão realizadas por profissionais negros.

O espaço também poderá ser utilizado para exposição de arte e apresentações musicais típicas, além da realização de feiras de artesanato.

Em suas redes sociais, na manhã deste sábado (5), o prefeito Eduardo Paes celebrou a criação do memorial.

“E a melhor notícia: a família passa a ser a nova concessionária do Quiosque! Não a banalização da barbárie!”, postou Paes.

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