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Evento internacional reúne artistas e pesquisadores para bate-papo no Museu Paranaense

O evento desta quinta-feira (27) é promovido internacionalmente pela Embaixada da França e realizado em Curitiba pelo Mupa em parceria com a Aliança Francesa

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|Foto: Divulgação/SECC|
Martin Luther – Enem

Pela primeira vez, Curitiba participa da “Noite das Ideias”, promovida anualmente pela Embaixada da França, sempre na última quinta-feira de janeiro, que este ano cai no dia 27. O evento internacional reúne instituições culturais e educacionais do mundo inteiro para celebrar a livre circulação de ideias e troca de conhecimento. Em 2022, o tema é “Re-construir Juntos” e quem sedia o encontro na cidade é o Museu Paranaense (Mupa), em parceria com a Aliança Francesa de Curitiba.

O evento começa a partir das 15h com a pintura-performance do coletivo Mahku, grupo indígena do povo Huni Kuin, do Acre. A partir de cantos xamânicos, o coletivo cria telas de grande formato, que representam mitos e visões de seu povo. A criação desse painel segue até sábado (29), e conta ainda com uma oficina voltada ao público infantil.

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Já o espaço expositivo do Mupa recebe um conjunto de obras dos artistas Santídio Pereira e Alex Červený. Santídio é um jovem artista piauiense com trabalhos principalmente em xilogravuras e pinturas, com bromélias, pássaros e, mais recentemente, explorando as cores, sensações e formas das serras paulistas. Červený tem uma trajetória marcada pelo surrealismo, pela criação de paisagens fantásticas povoadas por personagens bíblicos, mitológicos e humanos que muitas vezes refletem o próprio artista. Para esta mostra, ele traz obras inéditas que têm como elemento principal árvores como cajueiro, araucária e pau-brasil.

A abertura da exposição acontece às 19h com uma mesa-redonda que dialoga sobre investigações científicas e artísticas recentes que têm lançado luz sobre inteligências vegetais e as mais complexas formas de relações entre pessoas e plantas. Além dos dois artistas, participará como mediadora a antropóloga Karen Shiratori e, por meio de um depoimento-vídeo, a curadora da Fondation Cartier Pour L’art Contemporain, Marie Perennes.

Os dois artistas integraram a exposição Nous les Arbres, realizada em 2020 e 2021, pela instituição francesa em Paris e Shanghai. Shiratori é especialista em etnologia indígena com foco nos estudos de xamanismo, conhecimentos e práticas tradicionais relativas à agrobiodiversidade.

A entrada é gratuita, mas as vagas são limitadas. A distribuição dos ingressos será feita 30 minutos antes da mesa-redonda, por ordem de chegada, até completar a capacidade do local. 

SE ENFIASSE OS PÉS NA TERRA – O evento também inaugura o Programa Público “Se enfiasse os pés na terra: relações entre humanos e plantas”, um projeto experimental do Museu Paranaense. Entre janeiro e maio de 2022, o programa traz uma série de ações artísticas, educativas e culturais nas quais o público é convidado a aproximar-se das múltiplas formas de vínculos entre seres humanos e seres vegetais. 

Fazem parte desse projeto artistas, coletivos indígenas, mestres e detentores de saberes e fazeres de populações tradicionais (quilombolas, faxinalenses e caiçaras), cozinheiros e produtores locais ligados à agroecologia, escritores, arquitetos e pesquisadores das áreas da botânica, antropologia, arqueologia e história.

A realização do programa busca reafirmar a importância da cultura imaterial, dos saberes ancestrais de pessoas enraizadas em seus territórios, bem como da potência do museu enquanto espaço de relações.

Além de mesas-redondas, palestras e conversas, estão programadas atividades e vivências educativas, explorando as relações particulares entre sujeitos humanos e vegetais. As atividades vão desde a observação de abelhas nativas no Jardim do Mupa, até a produção de ilustrações e bordados, explorando afinidades através de memórias sensoriais, sociais e afetivas trazidas pelos participantes. Haverá programação para todos os públicos, com oficinas voltadas a crianças e idosos.

Todos os eventos, ações e oficinas são gratuitos, mas possuem vagas limitadas e, em alguns casos, a participação depende de inscrição. 

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