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Política

TJ-PR manda Bibinho, ex-diretor da Alep, cumprir prisão em casa com tornozeleira eletrônica

Desembargadores consideraram o fato de Bibinho ter cumprido sete anos de prisão e ter 81 anos. Ele é apontado como um dos responsáveis pelos desvios de mais de R$ 200 milhões da Assembleia Legislativa

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|Foto: Reprodução/RPC|
Rui Barbosa

Desembargadores da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) autorizaram na quinta-feira (9) que o ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) Abib Miguel, conhecido como Bibinho, cumpra a prisão preventiva em casa com tornozeleira eletrônica.

A decisão foi por 3 votos a zero. Os desembargadores, que atenderam parcialmente um pedido da defesa, consideraram os sete anos que Bibinho ficou preso, entre idas e vindas da prisão, e o fato dele ter 81 anos.

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O ex-diretor é acusado de ser um dos principais responsáveis pelos desvios de mais de R$ 200 milhões da Alep, entre 1997 e 2010, envolvendo a contratação de funcionários fantasmas. O caso veio à tona com a série de reportagens publicada pela RPC e pelo jornal Gazeta do Povo.

Segundo a decisão, o cumprimento da preventiva com a tornozeleira eletrônica terá um prazo de 360 dias, que poderão ser prorrogados. A prisão preventiva está em vigor desde 2018.

Bibinho, que tinha voltado para a prisão em agosto deste ano, estava cumprindo a preventiva no Complexo Médico-Penal (CMP), em Pinhais, no âmbito da Operação Argonautas, que investigou crimes de lavagem de dinheiro. A operação foi um dos desdobramentos dos Diários Secretos.

A defesa do ex-diretor da Alep, que assumiu o processo há 45 dias, afirmou que conseguiu atingir o objetivo neste momento que era de restabelecer ao menos a liberdade parcial de Bibinho. A expectativa da defesa é de que ele saia da prisão na sexta-feira (10).

Anulação de julgamento

Em junho de 2018, o ex-diretor da Alep foi condenado a 255 anos e seis meses de prisão por 59 atos de lavagem de dinheiro, entre 2000 e 2010. A decisão foi do juiz José Daniel Toaldo, da 4ª Vara Criminal de Curitiba.

A pena dele chegou a ser reduzida em quatro anos pela Segunda Câmara Criminal, em fevereiro de 2019. Porém, em agosto deste ano, a Primeira Câmara Criminal do TJ-PR anulou o julgamento que levou à condenação de Bibinho.

Com a anulação, o caso será julgado novamente pelo órgão, que decidirá se mantém ou não a condenação de primeira instância, de 255 anos de prisão. O novo julgamento ainda não tem data definida.

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