Agronegócio
Os preços do milho podem subir no Brasil?
“O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (US”DA) prevê estoques finais globais maiores”
Para determinarmos a tendência dos preços do milho no Brasil e o correto posicionamento no mercado temos que analisar os fatores de alta e de baixa presente hoje nos mercados nacional (e seu consumo interno) e internacional (e a demanda de exportação). Foi isso que afirmou a TF Agroeconômica.
Nesse contexto, a consultoria afirma que os fatores de baixa são maiores e mais poderosos do que os fatores de alta, neste momento. “Então, se você está colhendo milho da safra de verão, aproveite os bons preços para garantir a alta lucratividade em torno de 34,5% que demonstramos na semana passada, assim que colher”, comenta.
Assim sendo, não pode-se deixar enganar pelos números. “Os custos de carregamento são compostos pelo custo da armazenagem (mesmo que os armazenadores digam que não cobram, são descontados no preço que oferecem a você) mais os ganhos financeiros que você poderia obter se vendesse em dezembro o milho e aplicasse no mercado financeiro”, completa.
“O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê estoques finais globais maiores: nesta semana o relatório WASDE, do USDA, registrou aumento de 1,1 milhão de toneladas nos estoques finais globais, que passaram de 304,42 MT para 305,54 MT. Os estoques nos EUA permaneceram inalterados. Estoques maiores tendem a fazer os preços caírem”, indica.
“Conab aumenta estimativa de produção e estoques finais no Brasil: Também nesta semana a Conab aumentou a sua estimativa de produção de milho no Brasil, de 116,71 MT estimadas em novembro, para 117,18 MT no relatório de dezembro, o que é 34,61% maior do que as 87,05 MT produzidas no ano passado, depois da seca. Com isto, os estoques finais foram aumentados em 922,5 mil toneladas a mais do que a estimativa de dezembro e 52,01% amais do que os estoques finais do ano passado, que foram de 8,81MT. Isto alivia a pressão do mercado”, conclui.