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Após quatro dias de júri, seis pessoas são condenadas por envolvimento na morte de agente penitenciário de Catanduvas
Três dos réus foram condenados a mais de 30 anos de prisão. Um outro investigado foi absolvido pelo júri. Crime aconteceu em 2016.
Seis pessoas foram condenadas por envolvimento na morte de um agente penitenciário de Catanduvas, no oeste do Paraná. O júri começou na segunda-feira (13) e chegou ao fim durante a madrugada desta sexta-feira (17).
Alex Belarmino Almeida Santos tinha 36 anos quando foi morto a caminho do trabalho, em setembro de 2016, em Cascavel, no oeste do Paraná. Segundo a Polícia Federal, o agente foi vítima de uma emboscada e foi atingido por 23 tiros.
O júri, formado por duas mulheres e cinco homens, condenou seis dos réus e absolveu um.
Veja a seguir as condenações:
- Hugo Aparecido da Silva: condenado a 32 anos, 5 meses e 22 dias de prisão, por organização criminosa e homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, mediante recurso que dificulta defesa da vítima e contra agente de segurança.
- André Demiciano Messias: condenado a 32 anos, 8 meses e 22 dias de prisão por organização criminosa e homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, mediante recurso que dificulta defesa da vítima e contra agente de segurança.
- Jair Santana: condenado a 31 anos e 4 meses de prisão por organização criminosa, receptação e homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, mediante recurso que dificulta defesa da vítima e contra agente de segurança.
- Maicon de Araújo Rufino: condenado a 12 anos e oito meses de prisão por incêndio e homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, mediante recurso que dificulta defesa da vítima e contra agente de segurança.
- Alessandro Pereira de Sousa: condenado a 9 anos, 6 meses e 10 dias de prisão por prestar auxílio para os autores do crime e organização criminosa.
- Douglas Fernando Cielo: condenado por favorecimento pessoal. Juiz pediu que o Ministério Público se manifeste sobre a possibilidade de aplicação de pena alternativa.
O réu Rafael Willian Kukowitsch foi absolvido , e o juiz expediu o alvará de soltura dele.
O g1 tenta contato com as defesas dos condenados e do réu absolvido.
Outras sete pessoas foram denunciadas neste mesmo caso, mas o processo acabou sendo desmembrado porque existem recursos pendentes de quatro réus em tribunais superiores.
O caso
Segundo as investigações, Alex Belarmino Almeida Santos sofreu uma emboscada e foi morto a tiros em 2016.
A PF apurou que o crime foi encomendado por uma facção criminosa em represália a ações de órgãos de segurança contra o grupo.
Além da morte de Alex, a PF afirmou que a mesma facção criminosa planejou executar a psicóloga da Penitenciária de Catanduvas Melissa Almeida, em 2017.
O caso começou a ser julgado, mas acabou sendo anulado no sexto dia de julgamento dos cinco réus acusados de envolvimento no crime.
Um novo júri deve acontecer em janeiro de 2022.