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D Marquez

Policial e Trânsito

Câmeras de segurança mostram início da abordagem da PM antes de agressão à dona de hamburgueria, no Paraná

Imagens mostram funcionário do estabelecimento sendo retirado à força de uma casa em frente à hamburgueria que foi fechada. Momentos depois, empresária foi agredida por policial quando já estava imobilizada no chão

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|Foto: Reprodução|
Imobiliária Maurício Vazquez

Câmeras de segurança registraram o início da abordagem da Polícia Militar que, momentos depois, resultou na agressão a uma empresária que já estava imobilizada no chão, em Curitiba.

O caso aconteceu durante uma policial na rua Raul Pompeia, no bairro CIC, no dia 22 de outubro. Durante a abordagem, Stephany Rodrigues, dona de uma hamburgueria fechada pela polícia, foi agredida por um policial.

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As novas imagens, divulgadas nesta segunda-feira (1º), mostram o motoboy Juan de Lima, que trabalhava na hamburgueria, sendo retirado por policiais de uma outra casa da região. Ele fumava narguile com amigos no local.

As imagens mostram o motoboy sendo arrastado por policiais e imobilizado. Neste momento, Stephany começa a gravar a ação da polícia.

Segundo o motoboy, foi o comandante da ação que o tirou da casa à força.

“Ele chegou, ficou me olhando assim. Olhou pra mim e disse as seguintes palavras: ‘trabalhadorzinho você, né? Fumando narguile, coisa de vagabundo'”, disse Juan de Lima.

O jovem foi preso por desacato à autoridade.

O advogado Igor José Ogar, que defende a empresária e o motoboy, questionou a legalidade da ação policial.

“Extremamente agressiva, desnecessária e violenta. Aparentemente levando a crer que praticou-se ali uma invasão a domicilio, pois não houve autorização do proprietário da casa e das pessoas que ali se encontravam sem praticar nenhum ato ilícito”, afirmou.

A PM informou que foi instaurado um procedimento interno sobre a ocorrência da Rua Raul Pompéia. Durante a apuração, segundo a PM, partes envolvidas e testemunhas serão ouvidas.

“Achei que ia me matar”

À RPC, Stephany Rodrigues, de 28 anos, falou que pensou que fosse morrer no local. Ela teve ferimentos no braço, pescoço, nariz e boca. A jovem de 28 anos é dona de uma hamburgueria que foi fechada pelos policiais.

“Eu achei que ele ia me matar, que eu ia morrer. Porque o que eu conseguia ver, não tinha ninguém por perto, eu só via coturno”, relembrou a comerciante.

Segundo a comerciante, ela foi até os policiais após os agentes tirarem a força um funcionário de dentro da própria casa, próxima ao estabelecimento. A PM afirmou que ele desacatou os policiais enquanto fumava narguilé.

A hamburgueria foi fechada por estar com a ocupação acima da capacidade permitida por decreto municipal. O local foi multado em R$ 30 mil pelo descumprimento da medida e por não oferecer álcool em gel.

Quando estava imobilizada, a mulher gritou por socorro e disse que estavam quebrando a mão dela. Ela foi atendida em uma unidade de saúde. Depois, assinou um Termo Circunstanciado por desacato e foi liberada.

“Foi uma abordagem muito agressiva, muito agressiva. desnecessária, completamente desnecessária. Eu já estava no chão, eles me machucaram muito, muito”, disse.

D Marquez
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