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Jogador que agrediu árbitro na segunda divisão do RS é suspenso por dois anos: “Deu um apagão”

William Ribeiro, de 30 anos, desferiu soco e chute na cabeça de Rodrigo Crivellaro na partida entre São Paulo-RS e Guarani-RS pela Série A2

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|Foto: Fábio Dutra/ São Paulo-RS/ Divulgação|
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O meia William Ribeiro, ex-atleta do São Paulo-RS, foi condenado pela Primeira Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS) na segunda-feira a ficar fora dos gramados por dois anos pela agressão ao árbitro Rodrigo Crivellaro no dia 4 de outubro.

A decisão foi aceita por unanimidade ao voto do relator Assis Rafael Machado da Silva, que pediu suspensão do atleta por 730 dias, ou dois anos. Os auditores Carlos Augusto Peixoto Reis, Carlos Renato Martini, Carla Souto Gonçalves e o presidente da comissão, Camilo Gomes de Macedo, participaram da sessão.

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O jogador de 30 anos desferiu um soco e um chute na cabeça de Crivellaro durante o jogo entre Guarani, de Venâncio Aires, e São Paulo, de Rio Grande, no Estádio Edmundo Feix, pela Série A2 do Campeonato Gaúcho.

Crivellaro ficou desacordado e precisou ser levado às pressas em uma ambulância para o hospital, de onde recebeu alta no dia seguinte. William, que teve o contrato com o São Paulo-RS rescindido, foi preso em flagrante ainda no estádio e ganhou liberdade provisória no dia seguinte. A Polícia Civil ainda não concluiu o inquérito na esfera criminal.

O árbitro se recupera em casa, em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, ficará pelo menos três meses afastado do futebol e terá de usar colar cervical durante o período. Ele sofreu uma lesão ligamentar na coluna cervical e pode precisar passar por uma cirurgia.

O julgamento

O julgamento na Primeira Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS) teve início no fim da tarde desta segunda-feira com depoimento de William, que ainda não havia falado publicamente sobre o caso.

Ele mostrou-se arrependido pela atitude e, em sua defesa, alegou que foi xingado por Crivellaro no lance que causou a agressão. Mas disse não recordar as palavras proferidas pelo juiz após lhe aplicar cartão amarelo, o que gerou a reação violenta.

– Aconteceram várias situações dentro de campo que muitas vezes o pessoal de fora não sabe. Estou muito arrependido disso. Na hora me deu um apagão e reagi daquela forma. Eu não sei explicar o que me deu na hora. Simplesmente me escureceu a vista. Até já estou procurando para tratar o meu psicológico – falou o jogador.

Na sequência, o procurador Alberto Franco defendeu a denúncia ao citar que o atleta é reincidente em casos de violência no futebol, contra dirigentes e em competições de base. Inclusive, pediu que William seja banido do futebol profissional.

O meio-campista foi denunciado no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por praticar agressão física durante a partida.

– Me desculpe o atleta, mas dizer que ficou tudo escuro, não é. Foi tudo de caso pensado. Aliás, sugerimos que procure outra profissão. Entendo que ele não tem mais condição de jogar futebol profissionalmente. O que ele fez não é aceitável, tem que ser excluído do futebol profissional – afirmou Franco.

Por fim, o advogado Fábio Gonçalves fez a defesa do meio-campista com base na história de vida humilde, com baixa escolaridade e problemas familiares. Condenou o “cancelamento” ao jogador antes mesmo do julgamento e fez um apelo para que receba tratamento psicológico adequado.

– Ninguém coaduna com essa conduta. Mas nós temos que terminar com a vida de um ser humano? Não é demérito nenhum mudar de profissão, mas quem vai dar emprego ao William, com pouco estudo, destruído pela mídia. É a crucificação deste jovem, de 30 anos, pai de dois filhos adolescentes e com uma mãe doente que sequer pode sair de casa – alegou.

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