Dinossauro desconhecido é encontrado por paranaenses

As escavações para a construção de uma ferrovia na região metropolitana de Imperatriz, no Maranhão, nas quais equipes de técnicos ambientais de Londrina e Maringá participaram, foi descoberto um fóssil de dinossauro gigante ainda desconhecido dos paleontólogos e da comunidade científica internacional.

As equipes das empresas londrinense Master Ambiental e da maringaense Arqueologística faziam o monitoramento arqueológico das obras, atividade que em 2015 passou a ser condicionante para o licenciamento de grandes obras, quando o fóssil foi visto, no dia 13 de abril deste ano, no talude exposto após a escavação.

Com o achado, o paleontólogo e professor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, Elver Luiz Mayer, foi contatado para fazer o resgate. A descoberta foi mantida em sigilo até hoje (7/10), quando foi divulgada com exclusividade pela Folha de São Paulo por meio de acordo com a assessoria de imprensa da construtora da ferrovia. Quando o fóssil foi avistado, as autoridades estaduais e federais foram comunicadas.

Foram então desenterrados um fêmur de mais de 1,5 metro de comprimento e outros grandes ossos, como uma possível tíbia, pés, mãos e vértebras. A espécie do dinossauro ainda não foi identificada, mas sabe-se que teria vivido há cerca de 130 milhões de anos e uma das hipóteses é que seja um titanossauro, do grupo dos dinossauros pescoçudos.

As escavações onde os fósseis foram encontrados ficam no município de Davinópolis. Elas são extensas e é possível que ainda se localize novos fósseis. Tudo que foi achado foi retirado e protegido. Não foram descobertas partes do crânio e dentes do animal, que teria vivido no final do período Jurássico até o Cretáceo, quando foram extintos. O tamanho do dinossauro desconhecido é estimado em 18 metros.

A empresa londrinense coordenou toda a logística das equipes que estiveram envolvidas no processo de escavações para a construção da ferrovia, obras que não chegaram a ser paralisadas, a medida que não passam pelo sítio arqueológico. A terraplenagem do local foi concluída e o sítio preservado, pois pode ter muito mais fósseis no local.

Com informações de DCMais