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Senadores cobram reação a postagem em que filho de Bolsonaro mostra armas e cita CPI

Para relator da comissão, gesto de Jair Renan Bolsonaro é ‘ameaça de um fedelho’ e não vai intimidar CPI. Presidente da comissão disse que o presidente do Senado vai ‘tomar providências’

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|Foto: Divulgação|
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Senadores que integram a CPI da Covid cobraram, no início da sessão desta terça-feira (21), que a comissão tome providências sobre um vídeo publicado por Jair Renan Bolsonaro, o filho “04” do presidente Jair Bolsonaro.

Nesta segunda-feira (20), em uma rede social, Jair Renan fez uma publicação temporária na qual aparecem revólveres. As imagens eram acompanhadas da legenda: “Aloooo CPI kkkkk”. Na gravação, o filho de Bolsonaro afirma estar em uma loja de armas – chamadas por ele de “brinquedo” – de propriedade de um amigo.

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“Sabe quem tem esse linguajar? É marginal. Marginal é que chama arma de fogo de brinquedo”, afirmou o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou um pedido de convocação de Jair Renan. Durante a sessão desta terça, membros da CPI afirmaram que Jair Renan tentou ameaçar e intimidar a comissão. Nos últimos dias, a CPI aprofundou investigação sobre um lobista que tem ligação com o filho do presidente (veja detalhes mais abaixo).

“Ele teria de dar o exemplo de respeito às instituições, de respeito à democracia e ao estado democrático de direito, e não fazer ameaças veladas, mostrando que é na bala que ele vai se livrar daquilo que ele tem a responder perante a Justiça pelos possíveis delitos ou crimes que ele tenha cometido que esta comissão identificou”, afirmou o senador Rogério Carvalho (PT-SE).

O relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse que Jair Renan fez uma ameaça “estapafúrdia contra uma CPI que está fazendo a sua parte, cumprindo o seu papel”. “É uma coisa absurda sob quaisquer aspectos. E essa ameaça de um fedelho como esse não vai intimidar de forma nenhuma essa comissão de inquérito”, afirmou o relator.

Vice-presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu que seja apresentada uma queixa-crime em uma delegacia para que Jair Renan responda por ameaça.

Presidente do Senado

Em resposta aos senadores, Omar disse que conversou com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e que ele se “solidarizou” e se comprometeu a “tomar providências” sobre o caso.

“Conversei com o presidente Pacheco. Ele pediu para comunicar aos senadores que está 100% solidário à CPI, que esse tipo de absurdo não pode acontecer e que ele, como presidente do Senado, irá tomar todas as providências cabíveis em relação a esse tipo de ameaça que a CPI recebe”, afirmou Aziz.

“[Pacheco] Dizia que era inaceitável, um absurdo esse tipo de comportamento, seja de quem for. É uma ameaça velada sim, e que ele iria tomar as providências como presidente do Senado. A própria CPI pode tomar as suas providências, mas preferi que fosse o presidente [do Senado]. Porque essa CPI não é da comissão, é do Senado. Quem está investigando os problemas que tiveram na Covid é o Senado Federal, nós apenas estamos aqui indicados pelos partidos que têm representação”, continuou o presidente da comissão.

Relação com lobista

Jair Renan Bolsonaro entrou no escopo da comissão após constar em troca de mensagens com o empresário Marconny Albernaz de Faria, apontado como um lobista que agia para favorecer a Precisa Medicamentos em contratos com o governo federal.

À CPI, Marconny confirmou manter uma relação de “amizade” com Jair Renan, disse que ele já frequentou festas em seu apartamento e que indicou um advogado para ajudá-lo a abrir uma empresa para atuar como “influencer”.

A mãe de Jair Renan e ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, também apareceu em troca de mensagens com Marconny.

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