São Paulo vê ataque responder, mas conquista vitória no sufoco após desatenção

A tarde de domingo se desenhava tranquila para o São Paulo. Depois de uma dura eliminação na Copa do Brasil, a equipe respondia à queda com uma atuação segura, um ataque eficiente e uma confortável vantagem de dois gols sobre o Atlético-GO.

Porém, somente no sufoco e na “marra”, o time de Hernán Crespo voltou a vencer na temporada.

O placar de 2 a 1 só foi confirmado depois de pouco mais de 20 minutos de domínio do Atlético-GO, que cresceu depois de diminuir o placar e empurrou o São Paulo para o campo defensivo nos últimos minutos. Foi aí que Hernán Crespo reforçou o setor com Bruno Alves e viu uma resposta positiva do time, que sustentou o resultado positivo.

Porém, em uma análise mais completa sobre os 90 minutos, a principal resposta veio do ataque. Antes da rodada, o São Paulo era o terceiro pior sistema ofensivo do Brasileirão. O retrospecto, porém, não atrapalhou.

A dupla de ataque escolhida foi Luciano e Rigoni.

Os dois fizeram os gols são-paulinos. No primeiro, o argentino abriu a jogada para Rodrigo Nestor e apareceu para cabecear. No segundo, o camisa 11 achou belo passe para Galeano e completou para o gol após cruzamento do paraguaio e desvio de Nestor.

Essa movimentação serviu para atrapalhar o sistema de marcação do Atlético-GO, que ficou sem referência. A presença de Luciano ainda serviu para aumentar a intensidade da equipe na marcação pressão, principalmente na perda da bola.

Foi um São Paulo intenso, dinâmico e que relembrou por vezes os melhores momentos da temporada, no título do Paulistão. Crespo gostou do que viu, apesar do fato de os três pontos só saírem depois de um aperto no fim com o crescimento do Dragão. O time visitante marcou aos 25 minutos da etapa final em vacilo da defesa do Tricolor.

– O São Paulo voltou a jogar bem, ter prazer de jogar um bom futebol. Acredito que fizemos um ótimo primeiro tempo; no segundo tivemos a chance de aumentar o placar, mas talvez a vontade de ganhar este jogo fez com que complicássemos um pouco a vida com o 2 a 1 – declarou o treinador, em entrevista após o jogo.

O que deu certo

A comissão técnica abdicou do esquema com três zagueiros e reforçou o setor de meio-campo contra o Atlético-GO. A escolha foi certeira. Luan, Liziero, Rodrigo Nestor e Gabriel Sara, todos “crias de Cotia”, realizaram partida segura e foram o termômetro da vitória.

Luan ajudou na pressão de meio-campo e ainda participou de maneira ativa do trabalho com a bola, ajudando na saída e até criando chances de maneira direta. Liziero auxiliou no trabalho de posse de bola e fez recuperações importantes no setor.

Gabriel Sara se movimentou bastante e teve boa atuação principalmente no primeiro tempo ao lado de Reinaldo, enquanto Rodrigo Nestor participou dos dois gols são-paulinos.

A recuperação do futebol do São Paulo passa pelo setor de meio-campo, e a tarde de domingo exibiu uma alternativa de jogo para Hernán Crespo para o restante do Brasileirão.

O que deu errado

Crespo cobrou atenção do elenco quando o Atlético-GO começou a crescer no segundo tempo. Novamente, o São Paulo sofreu com falta de concentração e quase viu escapar uma vitória que se desenhava tranquila, fruto da boa atuação do time.

O gol sofrido mudou o panorama da partida. Se antes o São Paulo flertava com um contra-ataque para anotar o terceiro e definir completamente a partida, os últimos 15 minutos foram de aperto e momentos de pressão contra o gol defendido por Tiago Volpi.

Próximos passos

A resposta dada no último domingo depois da eliminação na Copa do Brasil é importante diante de uma pressão ainda maior que se desenhava sobre o Tricolor.

Agora, o foco é total no Campeonato Brasileiro, e na quarta-feira a equipe pode novamente embalar na Série A e espantar as últimas posições da tabela de classificação.

O São Paulo entra em campo na quarta-feira, às 20h30 (de Brasília), para enfrentar o América-MG, em jogo atrasado da 19ª rodada, adiado pela Data Fifa.