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Jovens que mataram “amiga” tinham lista com três possíveis vítimas

Suspeitos de matarem Ariane Bárbara, de 18 anos, em Goiânia, fizeram uma lista com os nomes de três pessoas próximas e escolheram o da jovem

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em

|Foto: PCGO|
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Goiânia

Os jovens presos em Goiânia por armarem uma emboscada e assassinarem Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos, chegaram a fazer uma lista com os nomes de três possíveis vítimas do crime, segundo o delegado que investiga o caso, Marcos de Oliveira Gomes.

Eles estavam decididos a cometer um homicídio para satisfazer a dúvida de uma das envolvidas, Raíssa Nunes Borges, de 19 anos. De acordo com a investigação, ela queria matar alguém para saber se era ou não psicopata. A ideia era perceber como ela reagiria, após assassinar uma pessoa.

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Com ajuda e influência de mais dois amigos, Enzo Jacomini Carneiro Matos, que é uma jovem transexual de 19 anos e se apresenta como Freya, e Jeferson Cavalcante Rodrigues, 22, Raíssa matou, no último dia 24, Ariane, que era tida como sua amiga até então.

O corpo de Ariane só foi encontrado no dia 30/8 em uma área de mata no Setor Jaó, bairro nobre de Goiânia. O nome da jovem como vítima do assassinato saiu de uma lista de três nomes, definida pelos jovens dias antes do crime. Eles chegaram aos nomes, durante o planejamento da ação, e todos eram de pessoas conhecidas.

Durante o interrogatório e confissão do assassinato, eles narraram ao delegado como tudo ocorreu. Ariane foi escolhida por ser de estatura menor e aparentar menos força.

Raíssa, Freya e Jeferson calcularam que, em uma possível reação, a jovem seria controlada mais facilmente, em comparação com os outros nomes que estavam na lista.

O crime

No dia 24/8, Ariane recebeu um convite de Raíssa e Freya para sair para lanchar. Ela avisou a mãe que encontraria as amigas por meio de uma mensagem de áudio, na qual aparentava estar alegre e animada com o compromisso.

A última vez que a mãe viu Ariane foi às 20h do dia 24/8, quando ela saiu de casa, em direção ao Lago das Rosas, no Setor Oeste. O combinado era que as meninas passariam de carro para pegá-la e, de lá, iriam para o Setor Jaó.

Tudo fazia parte do plano do trio. Assim que Ariane entrou no carro, deu-se início ao que o delegado chamou de “ritual” de assassinato.

Estalar de dedos

Jeferson era quem dirigia o veículo e, conforme o acertado antes entre ele e as duas comparsas, em determinado momento do trajeto, ele colocaria uma música específica – de uma banda internacional – e estalaria os dedos para que fosse iniciado o crime. A intenção era matar a jovem dentro do carro.

Ariane foi esganada e levou três facadas dentro do automóvel. O corpo dela foi abandonado instantes depois numa mata e só foi encontrado no dia 30/8, quando moradores próximos começaram a sentir forte odor e acionaram a polícia.

Ritual

No local onde o corpo foi deixado, um dos suspeitos presos relatou ao delegado que aconteceu uma espécie de ritual em torno do corpo da jovem.

Dois dos presos teriam se ajoelhado em volta dele e ficaram cerca de 10 minutos no local, fazendo uma espécie de celebração.

Todo o plano teria sido definido na noite do dia 23/8, anterior ao dia do crime. Após o assassinato, os três jovens chegaram a ir lanchar nas proximidades de um shopping de Goiânia, com as roupas ainda sujas de sangue.

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) decidiu divulgar a imagem dos presos, inclusive, com a intenção de atrair possíveis testemunhas que os viram no dia do ocorrido.

Eles estão detidos preventivamente na Delegacia Estadual de Capturas (Decap), em Goiânia. De acordo com o delegado, apenas um dos três demonstrou certo arrependimento. Os demais disseram que teriam de fazer o que foi feito, realmente.

Investigação

A elucidação do crime começou pela identificação do carro que fez o transporte do corpo até o Setor Jaó. Com as característica e dados do veículo em mãos, a polícia chegou ao nome de Jeferson, proprietário do veículo.

Um mandado de busca e apreensão na casa dele foi expedido pela Justiça e, no local, foram encontradas as roupas que ele usou no dia do homicídio e a faca utilizada para matar Ariane. Tudo, com resquícios de sangue da jovem, posteriormente confirmado pela perícia.

A partir dele, a polícia chegou aos nomes das duas jovens envolvidas no plano (Raíssa e Freya). Na delegacia, elas confessaram o crime e relataram como tudo foi planejado.

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