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Auxiliar de enfermagem é preso suspeito de abuso sexual contra pelo menos 9 crianças e adolescentes, diz polícia

Crimes ocorreram em Curitiba, e a prisão foi feita em uma UPA de Pinhais, nesta na (1º). Conforme o MP, ele apadrinhava crianças em situação de risco e que passaram por acolhimentos institucionais

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|Foto: Reprodução/RPC|
Rui Barbosa

Um auxiliar de enfermagem de 44 anos foi preso na quarta-feira (1º) suspeito de abuso sexual contra pelo menos nove crianças e adolescentes, conforme a Polícia Civil. A prisão foi feita em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

O mandado foi expedido pelo Juízo da Vara de Infrações Penais contra Crianças, Adolescentes e Idosos da capital, e o cumprimento contou com o apoio do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria).

Dr Rodrigo Dentista

De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), o suspeito era tido pela comunidade em que morava, no bairro Cajuru, como alguém que prestava auxílio às famílias mais vulneráveis, sendo padrinho afetivo de diversas crianças e adolescentes na região.

Ele apadrinhava crianças e adolescentes em situação de risco e que passaram por acolhimentos institucionais, fornecendo auxílio material às famílias e doando roupas e brinquedos às crianças, segundo o MP.

“A gente conseguiu perceber que são todas de família muito humilde, então ele acabava convencendo os pais dessas crianças de que ele era uma pessoa correta, de que poderia fornecer condições financeiras melhores do que a própria família, e essa família acabava deixando esporadicamente as crianças ali com ele”, explicou a delegada Ellen Victer.

Segundo o MP, essas ações eram para obter a confiança das vítimas para depois cometer os crimes de abuso sexual.

“Ele se comportava atraindo as crianças para a casa dele, por exemplo, ele se colocava a disposição da mãe das meninas para cuidar delas na casa dele quando a mãe precisasse se ausentar ou estivesse ocupada com outro afazer qualquer. As meninas pernoitavam na casa dele”, contou a promotora Tarcila Teixeira.

A Polícia Civil já havia investigado o suspeito no ano passado pelos mesmos crimes, mas o inquérito acabou arquivado por falta de provas.

O suspeito pode ser indiciado por estupro de vulnerável, importunação sexual e exploração sexual de crianças e adolescentes.

As crianças que relataram ter sofrido abuso sexual estão acolhidas. O Ministério Público e a Polícia Civil acreditam que, com a prisão do suspeito, outras vítimas podem ser identificadas.

O que diz a defesa

O advogado José Valdeci de Paula, que defende o auxiliar de enfermagem, nega que o cliente tenha cometidos os crimes.

“Fomos surpreendidos com a prisão do acusado em seu local de trabalho, já que ele trabalha em dois empregos. Foram cumprir um mandado de prisão, no nosso entendimento, desnecessário. Vamos entrar com os pedidos pertinentes no Tribunal de Justiça para buscar essa revogação da prisão por entendermos que ele pode responder o processo em liberdade e demonstrar a sua inocência durante o curso do processo”, afirmou.

D Marquez
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