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Mãe se acorrenta em frente ao Fórum de Toledo e pede justiça para o filho que está preso

Sidneia alega que o seu filho é inocente, visto que o seu sobrinho já foi solto

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|Foto: Correio do Lago|
Martin Luther – Enem

Uma cena inusitada e porque não chocante chamou a atenção dos toledanos que passavam pelo Fórum na quarta-feira, 25. Uma mãe tomou a atitude desesperada de se acorrentar em frente ao Fórum. O ato de Sidneia Lucas de Oliveira foi uma forma de protesto por conta da prisão de seu filho Bruno Vinícius Lucas de Oliveira, de 19 anos, que está preso há aproximadamente 30 dias.

A família de Sidneia reside em Cascavel e na ocasião da prisão estavam fazendo uma visita a familiares em Toledo. De acordo com ela, o filho saiu com um sobrinho e os dois foram presos por conta da suspeita de assalto a uma pessoa na Avenida José João Muraro, em Toledo.

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Sidneia alega que o seu filho é inocente, visto que o seu sobrinho já foi solto. “Uma promotora já alegou que não houve crime, tanto que o meu sobrinho já foi solto. Mas o meu filho segue preso. Ele não tem passagem pela polícia, não tem nenhuma prova contra ele, ele não foi pego com arma ou faca. Por isso quero ser atendida pela juíza. No dia da prisão ele reagiu e apanhou bastante e por isso precisou ser levado para a UPA”, disse a mãe.

Sidneia revelou que o seu advogado acionou as câmeras de segurança próximas ao local onde o seu filho e seu sobrinho foram presos e que as imagens provam a inocência dos rapazes. “O meu advogado pegou as imagens das câmeras de segurança do local e em nenhum momento mostra o carro que o meu filho e meu sobrinho estavam parando próximo a essa suposta vítima. O carro passa em movimento por essa pessoa e nesse momento o carro ainda atravessa para a faixa da direita. Então o veículo não passou nem perto da pessoa. Nós temos essas provas de que o carro não parou”, revelou a mãe.

A mãe também informou que foi solicitada uma fiança para que o seu filho pudesse ser solto. “Quando meu filho foi preso me pediram R$ 12 mil de fiança. Eu não tenho esse dinheiro, porque eu sou zeladora. Depois de uma semana o Juiz pediu a prisão do meu filho, alegando que ele é um perigo para a sociedade. Aí fica uma dúvida na minha cabeça. Se eu tivesse pago os R$ 12 mil, ele não seria um perigo para a sociedade? Nesse caso, ele estaria solto”.

Problema de saúde

De acordo com Sidneia Lucas de Oliveira, o seu filho sofre de um problema de saúde e precisa tomar remédios controlados, para não sofrer ataques epiléticos. “O meu filho faz o uso de medicação controlada. Uma das pessoas que estava presa junto com ele saiu da cadeia e entrou em contato comigo, relatando que o Bruno tem convulsões todos os dias na cadeia. A nossa preocupação é que ele pode ter uma crise epiléptica e não voltar”, revelou a mãe.

Por fim, a mãe ressaltou que o ato de se acorrentar em frente ao Fórum não foi de protesto, mas sim um ato de desespero. “Eu quero fazer um apelo para a Juíza. Eu me acorrentei aqui por desespero, não é um ato de protesto, é desespero. Eu quero pedir que soltem o meu filho, nem que seja de tornozeleira, porque o meu filho vai morrer lá dentro. Eu sei o que estou falando, pois ele não está tendo acompanhamento com neurologista. Eu quero que soltem ele. Ele não deve. Caso devesse, eu jamais teria me acorrentado”, concluiu a mãe de forma emocionada.

Bruno Vinícius Lucas de Oliveira estava preso na Cadeia Pública de Toledo e na última sexta-feira, 20, foi transferido para a Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC).

Conforme a família, Sidneia foi atendida pela Juíza Luciana Lopes do Amaral Beal, sendo que ela se comprometeu a investigar a situação. A 2ª Vara Criminal de Toledo informou que Sidneia foi avisada que a Juíza do caso irá prestar o atendimento por videoconferência com a presença do advogado da família. 

Sidneia informou que a orientação da Juíza e da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Toledo foi para que o advogado do caso entre com um pedido de prisão domiciliar por conta dos problemas de saúde enfrentados por Bruno.

Após conversar com a juíza Luciana Lopes do Amaral Beal e com o representante da Comissão dos Direitos Humanos da OAB, Sidneia decidiu por se desacorrentar.

Com informações de Toledo News

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