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Policial e Trânsito

Suspeita de tentar levar bebê de maternidade de Curitiba deixa prisão

Talita Meireles foi presa suspeita de subtração de incapaz quando tentava deixar hospital com recém-nascido no colo, na segunda-feira (12). De acordo com a defesa, ela teve crise psicológica e emocional

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|Foto: Reprodução/Hospital do Trabalhador|
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A mulher suspeita de tentar levar um bebê da maternidade do Hospital do Trabalhador, em Curitiba, deixou o Complexo Médico-Penal (CMP), em Pinhais, na região metropolitana, nesta quinta-feira (29).

Talita Meireles, de 23 anos, tinha sido presa no dia 12 de julho tentando deixar o hospital com um bebê no colo.

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O caso é investigado pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria). Talita é suspeita do crime de subtração de incapaz.

Talita foi solta após uma decisão da Justiça, que entendeu que, apesar da gravidade do crime investigado, não há elementos suficientes para que ela seja mantida presa preventivamente.

A decisão proíbe Talita de visitar qualquer maternidade e determina que ela não saia da Região Metropolitana de Curitiba sem autorização judicial e não tenha contato com a família da vítima.

A Justiça também determinou que a suspeita faça tratamento psicológico.

A defesa de Talita afirmou que a suspeita “não se trata de uma criminosa”, mas de uma mulher com crise psicológica e emocional. De acordo com a defesa, a suspeita vai passar por exames para averiguar se ela sofreu um aborto ou se teve gravidez psicológica.

Versões

A polícia investiga duas versões diferentes dadas pela suspeita. Segundo a Polícia Militar, no momento em que foi detida, Talita afirmou que venderia a criança para uma vizinha, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, por R$ 10 mil.

Depois, em depoimento à Polícia Civil, ela afirmou que sofreu um aborto em 27 de junho, que não contou para nenhum familiar e que iria “dizer que o filho nasceu”.

Ao ser questionada sobre a primeira informação prestada aos policiais, a mulher alegou que contou a história porque estava nervosa.

Investigação

A polícia também investiga como a mulher entrou no hospital, colocou uma roupa de enfermeira e pegou a criança no quarto.

Imagens de câmeras de segurança mostram Talita carregando a criança no colo dentro do hospital. Ela foi impedida de sair do local com o bebê porque estava sem uma pulseira de identificação.

De acordo com a mãe do bebê, Pâmela Assunção, Talita entrou no quarto onde ela estava vestida com um uniforme de enfermeira e disse que levaria o recém-nascido para um exame.

“Foi muito rápido. Eu estava no quarto sozinha com meu filho, chegou essa mulher vestida de enfermeira e falou que ia fazer um exame. Perguntei se eu precisava ir junto e ela disse que não, que o exame ia ser rápido, em torno de 5 minutos. Eu falei tudo bem porque ela tava com a roupa igual a das moças que estavam aqui trabalhando e eu acreditei nela”, disse a mãe da criança.

De acordo com Pâmela, ela estranhou a demora para o retorno do filho ao quarto e perguntou a uma enfermeira sobre a criança, quando foi informada que uma pessoa estava tentando sair do hospital com o filho dela.

Talita e o bebê foram levados para uma sala da Assistência Social, onde a mãe verdadeira da criança identificou o filho.

Em depoimento, a suspeita disse que encontrou a roupa de enfermeira em um vestiário dentro do hospital.

“Eu fui olhar as crianças. Eu comecei a olhar e ai eu queria pegar um nenê no colo. Quando eu vi, tudo aconteceu. Mas eu não queria fazer nenhuma maldade. Eu não queria causar nada”, disse Talita em depoimento.

Funcionários ouvidos pela polícia afirmaram não saber como a mulher entrou no hospital. De acordo com eles, o acesso é controlado.

De acordo com os depoimentos, na portaria, ao tentar sair do hospital, a suspeita não vestia mais o uniforme de enfermagem.

O que diz o hospital

Em nota, o Hospital do Trabalhador informou que a mulher foi barrada ao tentar sair do local com a criança. De acordo com a instituição, a criança tinha uma pulseira de identificação e a mulher, não.

Após ser barrada, a polícia foi chamada e a criança foi devolvida à mãe.

“Reiteramos que os procedimentos de segurança adotados no Hospital foram efetivos bloqueando a tentativa deste crime. Importante registrar que a Maternidade do Hospital do Trabalhador possui 27 anos de funcionamento sem nenhuma ocorrência desta natureza, demonstrando a qualidade dos seus protocolos de segurança”, informou a nota.

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