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Política

Documento na CPI mostra que Pfizer procurou embaixada do Brasil em agosto para ter resposta sobre oferta de vacina

Material, em posse da CPI da Covid, foi obtido pela TV Globo. Dirigentes da farmacêutica se reuniram com diplomatas brasileiros para falar dos riscos de Brasil não dar retorno sobre a compra do imunizante.

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Martin Luther – Enem

Em 27 de agosto do ano passado, a Pfizer procurou a embaixada brasileira em Washington (EUA) para pedir ajuda junto ao governo brasileiro para obter uma resposta sobre a compra dos imunizantes pelo Brasil. A informação foi repassada pela embaixada ao Itamaraty, que recebeu a informação no dia seguinte.

O documento sigiloso foi enviado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado, e obtido pela TV Globo.

Dr Rodrigo Dentista

As recusas do governo federal em responder a Pfizer são alvo da CPI da Covid. A cúpula da comissão entende que o Brasil já teria vacinado uma parcela maior da população se tivesse fechado o contrato com a empresa ainda em 2020.

A comunicação da embaixada afirma que “dirigentes da Pfizer ressaltaram ao Posto a importância de que o governo brasileiro manifeste interesse pela compra da vacina até 29/8, com base em proposta comercial apresentada aos Ministérios da Saúde e da Economia em 14/8”.

O documento ainda afirma que o encontro foi um pedido da Pfizer. Os presidentes da Pfizer na América Latina e no Brasil foram ao encontro dos diplomatas brasileiros.

“Comentaram também terem apresentado a autoridades do Ministério da Saúde e do Ministério da Economia em 14/8, proposta formal de venda de cerca de 30 milhões de doses da vacina para o Brasil, caso a aplicação da vacina seja aprovada pelas autoridades nacionais competentes”, apontou o documento.

Os documentos revelam que a Pfizer informou que o Brasil precisava dar uma resposta, senão a proposta expirava.

“Ressaltaram que o prazo para o governo brasileiro formalizar interesse na compra da vacinação expirará em 29 de agosto corrente, conforme estipulado na proposta. Expressaram receio de que a empresa não possa garantir o fornecimento da quantidade de doses da vacina deseja pelo Brasil, caso não receba a confirmação de interesse até 29/8”, continuou o informe.

Brasil não respondeu

Até o momento do encontro entre dirigentes da Pfizer e diplomatas do Brasil em Washington, a Pfizer já havia apresentado propostas em três ocasiões ao Brasil: em 14, 18 e 26 de agosto.

A Pfizer não teve retorno sobre as propostas oferecidas. A farmacêutica fez novas propostas em novembro e em fevereiro, quando efetivamente foi iniciada uma negociação com contrapropostas apresentada pelo Brasil, até que em março o acordo para a compra de 100 milhões de doses pelo governo brasileiro foi fechada.

Com informações de G1

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