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Agroecologia

Mãe Terra: A importância do solo na agroecologia

Para maio, mês das mães, vamos referendar nossa Grande Mãe, a Mãe Terra, a Pacha Mama… aquela que nos acolhe, abriga, alimenta e dá a vida

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É comum no agronegócio, nós extensionistas rurais, precisarmos auxiliar o agricultor a resolver problemas de manejo solo, como erosões, voçorocas, salinização, compactação, desertificação, degradação química, principalmente a acidificação dos solos, que geram consequências econômicas e principalmente ambientais. Os problemas da degradação dos solos vão para além da propriedade degradada, atingindo vizinhos, reservas ambientais, rios e córregos. Segundo um estudo da FAO, 50% do solo Latinoamericano está degradado, pensando na totalidade mundial, são 33% dos solos degradados. Ao mesmo tempo em que os solos estão cada vez mais degradados, pesquisadores afirmam que precisaremos aumentar a produção de alimentos em 60% até 2030. Ou seja, nossas técnicas produtivas estão inadequadas e na contramão das condições necessárias para demanda produtiva que está vindo, perante o aumento de populacional e de consumo.

A mãe (na natureza) é aquela que produz e alimenta a cria por todo o sempre. É a que dá abrigo, a que acolhe, a que cura e trata bem. Ao mesmo tempo a própria cria, por vezes não retorna os mesmos valores à mãe, deixando-a cada vez mais fraca e por consequência mãe e filhos estão enfraquecidos num ciclo perigoso.  A Mãe Natureza também é chamada de Mãe Terra, tem base e nutriente, é conhecida como chão, roça e na ciência chamamos de solo. Mas é esse planeta, a nossa “Pacha Mama”, aquela que nos permite habitar e existir, por ser o nosso chão, a nossa terra!

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A Mãe Terra sempre foi muito reverenciada pelos povos andinos e originários da nossa grande América. Para a agroecologia, a terra, a mãe, o solo é a base de tudo. Por isso tem toda a atenção para que possa, de colheita após colheita de alimentos num mesmo lugar, de forma efetiva, produzir em quantidade, qualidade, sem poluição, sem agressão. Na agroecologia o solo precisa ser protegido, com a manutenção da sua integridade organolépticas e trófica. Num solo vivo encontram-se protagonistas, como bactérias, fungos, protozoários, minhocas e insetos. Neste solo vivo é possível o clico e disponibilização de nutrientes, bem como a aeração do solo e a estrutura desta terra a ser sempre cultivada.

Segundo a magnífica Ana Primavesi: “Um solo sadio, gera uma planta sadia, e esta não será atacada por pragas, pois na natureza, “praga” é um grande indicador de que naquele solo falta algo, e, portanto, a planta não está bem nutrida” e por consequência, Ana Primavesi afirma que “um solo sadio também contribui para pessoas sadias”.

Em manejos agroecológicos, ou mesmo, ao menos sustentáveis, o solo é o primeiro componente a receber atenção. É necessário sempre a manutenção das curvas de nível, a cobertura morta ou mesmo cobertura viva com o plantio de adubo verde são práticas sempre utilizadas. Pode-se efetuar a adição de adubação orgânica ou mineral como o pó de rocha. Outra prática tem sido a própria homeopatia para o solo (a depender da sua condição química e/ou estrutural), a ser orientada por um técnico da área. Segundo o Eng Agronomo Daniel Mol, várias práticas têm sido utilizadas para a manutenção de um solo sadio. Pode-se aliar a homeopatia, com a adubação mineral e/ou orgânica, mas também se tem trabalhado muito na recuperação da vida microbiológica do solo (a rede alimentar do solo), cultivando-se bactérias, fungos e protozoários a partir do solo áreas de florestas que compõem o agroecossistema (“microrganismos indígenas”) adaptados à região e tipo de solo em que a propriedade está inserida. Esse material é inoculado em uma pilha de compostagem para reprodução destes microrganismos e controle de sementes de plantas indesejadas ou possíveis doenças. Essa prática busca repovoar microbiológicamente o solo e a energia vital do sistema como um todo. Estas práticas têm sido aplicadas em grandes e pequenas propriedades, inclusive em grandes culturas, como os grãos, mantendo a sanidade das culturas e médias de produtividade satisfatórias.

Para maio, mês das mães, vamos referendar nossa Grande Mãe, a Mãe Terra, a Pacha Mama… aquela que nos acolhe, abriga, alimenta e dá a vida!!!

De presente, o calendário biodinâmico do mês de maio elaborado pela parceria entre a Itaipu Binacional e o Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia – CAPA Núcleo Rondon, o Calendário da Agroecologia é baseado no movimento lunar e sua influencia sobre a agricultura.

Desejamos ótimos plantios, bons manejos e fartas colheitas! Disponível também no facebook do CAPA

*ERRATA: O CALENDÁRIO BIODINÂMICO ESTÁ COMEÇANDO NO DIA ERRADO DA SEMANA, MAS AS INFORMAÇÕES ESTÃO CORRETAS PARA O SEU DIA.

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