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“Fósseis vivos” supostamente extintos são encontrados por cientistas no fundo do oceano

A descoberta foi publicada em um paper para avaliação e validação de outros profissionais

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Martin Luther – Enem

Cientistas encontraram, nos mares do Japão, duas criaturas supostamente extintas há 273 milhões de anos. Chamando-as de “fósseis vivos”, os especialistas a identificaram como corais não esqueletais (ou “hexacorais”) que estão crescendo das hastes – ou troncos – de exemplares de crinóides conhecidos como “lírios-do-mar”.

A descoberta foi publicada em um paper para avaliação e validação de outros profissionais, e mostra uma relação de simbiose – quando duas formas de vida se unem em benefício mútuo – entre as duas criaturas. Segundo os especialistas, esse tipo de relação era comum na Era Paleozóica, quando corais e crinóides se proliferavam pelo piso oceânico livremente, até desaparecerem por completo dos registros, entrando na lista de criaturas antigas extintas.

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“Estes espécimes representam os primeiros registros detalhados de uma associação ‘syn vivo’ recente de um crinóide (hospedeiro) e um hexacoral (epibionte)”, diz trecho do documento publicado. “Por isso, análises dessas associações podem trazer à luz novas compreensões dessas relações paleozóicas comuns”.

Imagem da relação simbiótica entre “fósseis vivos”: um hexacoral está afixado na haste de um lírio-do-mar: acreditava-se que ambos estavam extintos há mais de 230 milhões de anos. Imagem: Zapalski et al., Palaeogeogr. Palaeoclimatol. Palaeoecol., 2021

Usando um método chamado “microtomografia não destrutiva”, os cientistas analisaram a estrutura e manutenção de ambas as criaturas, concluindo que não havia competição por alimento entre o hospedeiro (crinóide) e os corais que cresceram por cima de sua haste, nem tampouco qualquer impedimento à sua flexibilidade de movimento.

Anteriormente, pensava-se que uma relação assim seria benéfica apenas ao coral, que usaria a elevação vertical do crinóide para subir na coluna de água do fundo do oceano, efetivamente “endurecendo” os filamentos que compõem o tronco.

Após sua “morte”, outras criaturas similares nasceram de ambos os lados, mas nunca em uma relação simbiótica e sempre devidamente separadas. Na observação atual dos cientistas, os dois exemplares foram identificados a 100metros de profundidade nas águas entre Honshu e Shikoku, especificamente, o norte e o sul do arquipélago japonês.

A ideia agora é usar os dados resultantes dessa observação para aprender novos detalhes da relação entre formas de vida do período Paleozóico, ocorrido entre 541 milhões e 252 milhões de anos atrás, e conhecido por suas extremas mudanças climáticas ao longo de todo esse tempo.

FONTE: Olhar Digital

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