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Vulcão provoca cortes de luz e água em São Vicente e Granadinas

Fase explosiva do vulcão deve durar vários dias ou semanas, segundo o Centro de Pesquisa Sísmica da Universidade das Índias Ocidentais.

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Foto/G1
Rui Barbosa

Vários pontos da ilha de São Vicente, no arquipélago de São Vicente e Granadinas, ficaram sem luz na madrugada deste domingo (11), após o registro de novas explosões do vulcão La Soufrière, que voltou à atividade após mais de quatro décadas.

A ilha ficou coberta neste sábado por uma camada de cinzas e pelo cheio de enxofre que impregnou a atmosfera depois de uma série de erupções do vulcão. A atividade sísmica forçou a evacuação de 16 mil pessoas da região.

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“A paisagem da bela ilha está coberta de cinzas devido às explosões noturnas”, tuitou o geólogo Richard Robertson, que publicou fotos do local, que ganhou um aspecto sombrio. Ele descreveu os novos fluxos de lava como “uma massa móvel de destruição”.

A erupção provocou a fuga de milhares de pessoas, com as cerca de 16 mil que vivem em áreas com ordem de evacuação. A Organização Nacional para a Gestão de Emergências (Nemo) do país informou sobre “outro evento explosivo” ocorrido na manhã de hoje, no momento em que “a maioria do país está sem energia e coberto de cinzas”. “Dia 3 e tudo parece uma zona de guerra”, tuitou.

A fase explosiva do vulcão deve durar vários dias ou inclusive semanas, segundo o Centro de Pesquisa Sísmica da Universidade das Índias Ocidentais (UWI), que recomendou aos moradores que evitem respitar as cinzas vulcânicas.

Camada de pó

Uma camada de pó branco cobriu estradas, casas e prédios em São Vicente após as primeiras explosões, registradas anteontem. A visibilidade em algumas áreas era extremamente limitada neste sábado, enquanto na capital Kingstown, no extremo oposto da ilha, a fumaça causou uma fina neblina, segundo o portal.

“Os são-vicentinos acordaram com uma chuva de cinzas extremamente pesada e um cheiro forte de enxofre que agora avançaram para a capital”, tuitou a agência local de emergências.

A camada espessa de pó se deslocou por 175 km no sentido leste, atingindo a ilha vizinha de Barbados. “Pediu-se aos habitantes de Barbados que permaneçam em casa enquanto as espessas colunas de cinzas vulcânicas se movimentam pela atmosfera”, informou a Agência Caribenha para o Gerenciamento de Emergências em Desastres.

O primeiro-ministro Ralph Gonsalves informou neste sábado que não há fornecimento de água em grande parte da ilha e que o espaço aéreo do país está fechado devido à fumaça. Cerca de 3 mil pessoas passaram a noite em abrigos. “É uma grande operação que estamos enfrentando”, disse Gonsalves à NBC News.

Homem anda em rua coberta por cinzas após erupção do vulcão La Soufrière – Foto de 10/04/2021 — Foto: UWI SEISMIC RESEARCH CENTRE / AFP

Ele também disse que seu governo esteve em contato com outros países que ofereceram ajuda. Guiana e Venezuela estão enviando navios com insumos, detalhou.

A erupção inicial de La Soufrière, o vulcão mais alto de San Vicente e das Granadinas, expeliu cinzas quentes e fumaça para cerca de 6 mil metros de altura na manhã de sexta-feira (9).

Uma segunda erupção menor aconteceu ontem à tarde, gerando uma nuvem de cinzas de cerca de 4 mil metros de altura, segundo o centro de pesquisas sísmicas da Universidade das Índias Ocidentais.

Ordens de evacuação

O La Soufrière, de 1.235 metros de altura, não entrava em erupção desde 1979, e sua maior erupção ocorreu há mais de um século, em 1902, quando mais de mil pessoas morreram. “Tentamos ficar bem. Lá fora, o silêncio é sepulcral”, descreveu a advogada Vynette Frederick, 44, originária de Kingstown.

Zen Punnett, morador da ilha, de 30 km de comprimento, contou que as pessoas entraram em pânico na última quinta-feira (8), quando foram divulgadas as ordens de evacuação, mas que a situação se acalmou no dia seguinte. “Não estamos saindo”, assinalou.

Na sexta-feira (9) à tarde, todas as pessoas que habitam a área vermelha de risco foram levadas para áreas mais seguras, informou a agência de gerenciamento de desastres.

As empresas Royal Caribbean International e Celebrity Cruises informaram em um comunicado que estão enviando dois navios para ajudar nas tarefas de evacuação.

Portal Rondon com informações G1

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