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Paranaense tem seis cobras, três lagartixas, uma iguana e uma aranha de estimação

Bruno Dreher, de 22 anos, cursa História e tem um canal no Youtube voltado para educação ambiental e história

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Jovem tem seis cobras, três lagartixas, uma iguana e uma aranha de estimação no PR — Foto: Arquivo pessoal
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Entusiasta da natureza, um morador de Maringá, no norte do Paraná, resolveu ter bichos de estimação nada convencionais dentro de sua casa. Bruno Henrique Dreher, de 22 anos, possui seis cobras, uma iguana e uma aranha de estimação.

Todos os bichos são legalizados e autorizados por órgãos ambientais.

Dr. Pedro Wild

“É uma coisa muito diferente. A conexão que você cria com esses animais é muitíssimo forte. Eu conheço o comportamento de cada uma das minhas serpentes, dos meus bichos. São como meus filhos de verdade porque convivemos o tempo todo. Para mim é muito especial”, disse.

O jovem cursa História na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e também tem um canal no Youtube chamado “Dreherlogia”, voltado justamente para educação ambiental e história. Em outras redes sociais, ele também compartilha materiais sobre a temática.

“O intuito do meu projeto é não só falar dos animais, mas falar deles no contexto histórico porque se a gente aprende o que fizeram de errado no passado, o que de fato aconteceu, podemos repensar o presente e fazer uma diferença no futuro”, comentou ele.

De acordo com o estudante, alguns dos bichos foram doações e outros foram comprados por ele.

“Também recebi alguns animais como uma ‘herança’ do meu professor e biólogo, Ivan Carvalho, que faleceu no ano passado. Como sempre estive nesse meio, as pessoas me conhecem e até deixam aos meus cuidados. Minha meta é concluir História e cursar Biologia”.

Nomes dos “filhos”

Orgulhoso dos seus bichos, Dreher apresentou cada um deles. A iguana se chama Victor: é uma espécie comum e se alimenta de legumes, frutas, folhas e verduras.

Todos os bichos são legalizados |FOTO: Arquivo pessoal|

aranha leva o nome de Francisco César: é uma tarântula, que se alimenta de insetos. As lagartixas são chamadas de Clarice, Celeste e Leonardo.

Entre as serpentes estão:

  • Cassilda, uma jiboia “clássica”, Boa constrictor constrictor
  • Jade, uma jiboia-argentina, Boa constrictor occidentalis
  • Jilberto, uma jiboia arco-íris da Amazônia, Epicrates cenchria
  • Amélia, uma King Snake, Lampropeltis getula
  • Laura, uma píton, Python molurus
  • Velma, uma píton-bola, Ball python

O jovem explicou que as serpentes não são peçonhentas e se alimentam de ratos.

“Apesar de esses animais não terem um apego em nós, elas te reconhecem, sabem que você não é um alimento e que você não é um predador, então rola um respeito. Por exemplo, quando você coloca a cobra no pescoço, ela sente como se estivesse em uma árvore, fica tranquila. É uma via de mão única, eu amo muito, mas eu sei que ela não me ama de volta. Tem que lidar com isso”, revelou ele.

Mais comuns nas residências, Dreher também tem um aquário e dois gatos: Haka e Helena.

“Faço reabilitação de animais não-convencionais também, então eu cuido e devolvo para a natureza depois. Tudo isso por conta. A quantidade de bichos aqui em casa costuma variar um pouquinho por causa disso”.

Paixão que exige cuidados

A paixão de Dreher pelos bichos despertou ainda na infância.

“Desde criança levantava tijolo atrás de tatu-bola, sempre fui muito apegado a bichos. Quando era pequeno, morava em uma casa que tinha um quintal bem grande, aí aparecia perereca, rã, sapo, e minha mãe sabia que eu gostava de bicho e sempre me incentivou. Nós tínhamos aquário, cachorro, daí ela me deu uma tartaruga, e esse foi o salto inicial dos animais não-convencionais que eu comecei a ter. A partir daí ganhei um jaboti também, etc”.

Entretanto, segundo ele, é essencial muito estudo e empenho para que os bichos tenham as condições ideais para viver bem dentro de um ambiente que não é o natural, como uma casa.

“Moro em um apartamento, então foi toda uma logística para deixá-los confortáveis. Fiz terrários para cada um deles tentando respeitar ao máximo o ambiente de origem. Esses animais exigem um nível de cuidado muito maior. É muito difícil descobrir se algum está doente, por exemplo. A manifestação inicial de sintoma é o animal parar de comer, só que tem serpentes aqui de casa que comem a cada 30 dias”.

Conforme o estudante, os terrários devem ter a dimensão correta para cada um deles, além de ser seguro para evitar machucados e fugas.

“Exigem também de uma fonte de aquecimento, temperatura controlada dentro de cada espaço para ajudar na digestão, acelerar o metabolismo. Tem que ter uma luz especial. Fiz um curso de mecatrônica pelo Senai durante o Ensino Médio e isso me ajudou muito para construir o ambiente das serpentes porque é tudo automatizado, apaga a luz sozinho, tem tempo correto de iluminação de dia e de noite, etc”, afirmou o jovem.

Conforme o estudante, os terrários devem ter a dimensão correta para cada um deles, além de ser seguro para evitar machucados e fugas — Foto: Arquivo pessoal

Dreher ainda explicou que não se deve ter um bicho como esses só porque gosta ou acha bonito, pois é perigoso para a pessoa e também para o animal. De acordo com ele, antes de ter um animal exótico dentro de casa, é preciso pesquisar sobre o comportamento deles.

“As cobras comem rato, mas cada uma tem uma frequência diferente porque depende da espécie, do tamanho, da idade. Eu tenho uma criação de ratos que ajuda na alimentação. Já aconteceu de alguma das serpentes me morderem, mas foi por ela ter sentido o cheiro do rato e o calor do meu corpo e acabar confundindo. Não foi porque ela quis me machucar, sabe”, completou.

Todos os bichos dele são autorizados por órgãos ambientais — Fotos: Arquivo pessoal

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