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Lira e governadores citam R$ 14,5 bilhões a mais para combate à Covid-19 no Orçamento 2021

Presidente da Câmara se reuniu com gestores no momento mais crítico no Brasil desde o início da pandemia. Bolsonaro tem criticado governadores por medidas de isolamento.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se reuniu na tarde desta terça-feira (2) com governadores para discutir o orçamento voltado para as medidas de combate à pandemia da Covid-19.

O encontro reuniu governadores de 21 estados e do Distrito Federal – alguns deles, de forma virtual e durou cerca de duas horas. O grupo tratou de medidas legislativas e alterações que podem ser feitas no Orçamento de 2021, que ainda está em discussão no Congresso.

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Ao final do encontro, o governador Wellington Dias (Piauí) disse que a pauta da reunião incluiu uma possível destinação de R$ 14,5 bilhões adicionais no Orçamento 2021 para os gastos com saúde, sendo R$ 12 bilhões de emendas parlamentares das bancadas estaduais.

Também na saída da reunião, Lira disse que foi debatida a criação de uma comissão de acompanhamento formada por governadores (um por região do país), representantes do Executivo e do Legislativo federal para monitorar a importação de matérias-primas e a situação dos laboratórios nacionais que produzem vacinas contra a Covid-19.

“Em vez de tratarmos as coisas nas discórdias, na disputa política, nas diferenças ideológicas, que todos nós nos unamos neste momento para resolver o problema da vacinação. Vacina para os brasileiros com maior brevidade, maior urgência, com mais efetividade vai ser nosso maior compromisso”, disse Lira.

Em um pronunciamento feito no encontro e divulgado pela assessoria, Lira afirmou que não é momento de “apontarmos os dedos uns contra os outros”. “É hora de nós todos nos unirmos para apontarmos, isso sim, a única coisa que importa, na única direção que importa: seringas, vacinas, na direção dos braços dos brasileiros”, afirmou.

O presidente da Câmara também propôs que o Orçamento de 2021 reúna um conjunto de rubricas orçamentárias que serão destinadas ao enfrentamento da crise sanitária, sob o nome de “Fundo Emergencial de combate à pandemia”.

“Uma espécie de ‘megarrubrica’ orçamentária onde estarão destacadas todas as receitas que dizem respeito à pandemia, com o somatório de todos recursos”, explicou Lira.

Essa rubrica unificada poderia unir, por exemplo os custos da nova rodada do auxílio emergencial e os R$ 20 bilhões já reservados para vacinas. O fundo emergencial, diz Lira, não traria risco adicional de extrapolar o teto de gastos –regra fiscal que limita o aumento das despesas públicas.

Ainda de acordo com o parlamentar, essa contabilidade única permitirá saber o total de recursos para o combate à Covid-19 no Orçamento Geral da União. O presidente da Câmara também pediu que os governadores mobilizem as bancadas estaduais na Casa para destinar recursos e emendas ao enfrentamento do vírus.

Outra sugestão foi a inclusão de uma “recomendação expressa” para que qualquer excesso de arrecadação seja prioritariamente alocado para essas rubricas que compõem esse fundo emergencial.

Mais uma vez, Lira defendeu a imunização da população e disse que o Legislativo se colocava à disposição para analisar iniciativas legislativas com o objetivo de agilizar a vacinação.

“Tudo o que for possível fazer da nossa parte, e que os senhores identifiquem como obstáculos, em termos de iniciativas legislativas, eu quero colocar à disposição a Câmara dos Deputados, e o presidente Rodrigo Pacheco também está de forma muito colaborativa, participando deste esforço, para que possamos neste momento deixar claro que a vontade de solução está acima de todos os problemas”, disse.

Situação crítica

O encontro ocorre no momento mais crítico no Brasil desde o início da pandemia, com recordes na média móvel de mortes e registro de escassez de leitos de UTI em diversos estados.

Ao longo dos últimos dias, governadores de todas as regiões do país decretaram medidas mais intensas de isolamento social e fechamento do comércio na tentativa de suavizar a curva de crescimento dos casos e a pressão sobre o sistema de saúde.

A reunião acontece após o presidente Jair Bolsonaro fazer seguidas críticas a governadores que adotam essas medidas de restrição. Bolsonaro diz que os gestores estaduais terão que “bancar” o auxílio emergencial, que deve voltar a ser pago ainda este mês a trabalhadores que perderam renda na pandemia.

Em outra frente, estados têm recorrido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Ministério da Saúde pague por leitos de UTI.

No sábado (27), a ministra Rosa Weber, do STF, determinou que o governo federal reative leitos de UTI para tratamento de Covid-19 nos estados de São Paulo, Maranhão e Bahia.

A ministra atendeu a pedidos feitos pelos três estados. A decisão é liminar, por isso ainda pode ser revista. Mas o governo federal já é obrigado a cumprir determinação. Em nota divulgada no domingo (28), o Ministério da Saúde disse que o pedido feito pelos estados é “injusto e desnecessário”.

Fonte: G1

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