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Poluição do ar pode antecipar menstruação nas meninas

No Brasil, média de idade da primeira menstruação era de 12 anos e 3 meses nos anos 1970; índice caiu para 11 anos e 4 meses

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Foto: TV Cultura.
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Reconhecidamente prejudicial à saúde humana, a poluição interfere também no sistema hormonal de meninas responsável pelo início da menstruação. Segundo diversos estudos internacionais, a exposição aos poluentes pode antecipar a menstruação nas meninas.

De acordo com Marcia Gaspar Nunes, ginecologista e coordenadora do ambulatório da ginecologia infanto-puberal da Unifesp, a poluição atua como uma gama chamada de desreguladores endócrinos. Substâncias que não são hormônios mas que ocupam os receptores de hormônios, tomando lugar dos receptores de estrogênio.

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O eixo formado por regiões do cérebro e pelos ovários é afetado por compostos emitidos pelos carros e pela indústria, como o material particulado.

“Nós inalamos essas partículas e então elas são capazes de entrar nas regiões mais profundas do nosso pulmão, atravessar as barreiras levando esses contaminantes para dentro do nosso corpo e vão se dissipar e disseminar por todos os órgãos”, diz Mariana Veras, especialista em poluição e patologia ambiental da Fmusp.

A relação entre a poluição e puberdade precoce nas meninas tem sido apontada por trabalhos científicos feitos por todo o mundo. No Brasil, a média de idade da primeira menstruação, chamada de “menarca”, era de 12 anos e 3 meses nos anos 1970. Hoje, o índice caiu para 11 anos e 4 meses.

A poluição é apenas um dos responsáveis pela tendência mundial da puberdade precoce em mulheres. O problema multifatorial inclui ainda desafios como a obesidade infantil e a presença de outros desreguladores endócrinos no nosso cotidiano: em alimentos industrializados, cosméticos, pesticidas, plástico e produtos de limpeza.

Algumas das consequências de puberdades precoces no público feminino são a redução da janela de fertilidade, já que a mulher tende a entrar na menopausa mais cedorisco maior para cânceres de mama e ovário, pela exposição mais prolongada a hormônios, e também para diabetes tipo 2; e doenças cardiovasculares.

Para Mariana Veras, a melhor saída para o problema se dá na “elaboração de políticas públicas para transportes coletivos não poluentes”.

Com informação TV Cultura.

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