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Agronegócio

Paraná se torna o maior produtor cevada do Brasil com 360 mil toneladas; 34% da produção saíram dos Campos Gerais

Bom resultado está atrelado à pesquisa em melhoramento genético e em técnicas de plantio. Dados da Embrapa mostram que 95% da cevada do Brasil é usada no mercado cervejeiro

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| Foto: Erich Westendarp/Pixabay|
Velho Oeste

Entre os principais cultivos do Paraná, a cevada colocou o estado como o maior produtor do grão em 2022, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foram 360,3 mil toneladas, volume que representa 69% da produção nacional, de quase 522 mil toneladas no último ano.

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Rio Grande do Sul e São Paulo tiveram uma produção de 142.104 toneladas e 16.473 toneladas, respectivamente.

Atualmente, conforme informa o Departamento de Economia Rural (Deral), a região dos Campos Gerais tem cerca de 25 mil hectares de área plantada de cevada. De lá, saíram 34,13% da produção estadual.

No entanto, o total plantado deve chegar a 75 mil hectares com uma empresa que vai investir no potencial produtivo da região e gerar mais de 3 mil vagas de emprego na área. Entenda mais abaixo.

No Brasil, dados da Embrapa mostram que aproximadamente 75% da produção são destinados à alimentação animal e humana; 17% são transformados em malte e 8% são conservados como semente.

Aproximadamente 95% do malte produzido no país é utilizado pela indústria cervejeira.

Quando se volta o olhar para a produção dos Campos Gerias do Paraná percebe-se que o investimento em melhoramento genético e boas práticas produtivas está associado aos resultados.

A produtividade da cevada na região 4,1 para 4,5 toneladas por hectare nos últimos 10 anos, conforme mostra a Federação da Agricultura do Estado do Paraná.

“As práticas produtivas usuais são a correção frequente da acidez do solo, tanto em camadas mais superficiais quanto em camadas mais profundas, com adubação nitrogenada calibrada, com uso de sensoriamento remoto e adubação fosfatada com foco no sistema e controle integrado de pragas e doenças”, conta o coordenador de pesquisa na Fundação ABC, Helio Joris.

A fundação atua no estudo de tecnologias para a produção agrícola.

As pesquisas também buscam encontrar as melhores variedades, ou seja, aquelas que entregam a melhor rentabilidade para cada ambiente de produção.

“Atualmente, mais de 25 novas linhagens são testadas todo ano na nossa região, fruto de ensaios preliminares com um número muito maior de genótipos. Todo esse esforço é realizado para encontrar 1 ou 2 variedades com potencial para substituir ou complementar as atualmente utilizadas”, complementou Joris.

Mais ciência no plantio

Para o cultivo de cevada, os estudos estão desenvolvendo a técnica de aplicação de N por taxa variável, uma tecnologia de precisão na agricultura que consiste em variar a taxa de insumos agrícolas em pontos diferentes do terreno, onde efetivamente há a necessidade de fertilização com nitrogênio.

Essa ferramenta representa economia na adubação nitrogenada, diz o pesquisador.

As pesquisas para aperfeiçoar o manejo garantem ganhos na produtividade, com novas cultivares, adubação mais equilibrada e uso adequado de reguladores de crescimento, e protegem a produtividade, por meio de controle adequado de plantas daninhas, pragas e doenças.

Quando o cereal não atinge o grau padrão de malteação, a produção é destinada para alimentação animal e humana, e o restante é transformado em malte e destinado à indústria cervejeira.

Dessa forma, o grão segue uma cadeia produtiva que integra agricultura, indústria e distribuição de uma das bebidas mais consumidas no país e no mundo – a cerveja.

Maltaria Campos Gerais

Representando 90% do cultivo de cevada no Paraná, os Campos Gerais recebe o projeto da fábrica que terá a maior capacidade de produção de malte da América Latina e conta com a participação de cooperativas da região – Agrária (Guarapuava), Bom Jesus (Lapa), Capal (Arapoti), Castrolanda (Castro), Coopagrícola (Ponta Grossa) e Frísia (Carambeí), somando um investimento de R$ 1,6 bilhão, conforme divulgação.

Com cerca de 75% da obra concluída e previsão para iniciar as operações em 2024, o empreendimento irá gerar cerca de 3 mil vagas de emprego e terá capacidade inicial para produzir até 240 mil toneladas de malte por ano, o que corresponde a 14% do mercado brasileiro.

Além de fomentar o plantio de cevada, o empreendimento incentiva as pesquisas e melhorias da cultura, abre novas possibilidades para produtores locais e enfatiza ainda mais a região no mapa produtivo da cevada e do malte no Brasil e no exterior.

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