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Agronegócio

Governo destaca convergência entre conservação ambiental e produção agrícola

Com essa perspectiva foi conduzido o painel “Os Desafios e Oportunidades de Crescimento do Agro Sustentável no Paraná”, que contou com a participação dos secretários estaduais da Agricultura e do Abastecimento e do Desenvolvimento Sustentável, em evento promovido pela Gazeta do Povo.

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Foto: Ari Dias/AEN
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É preciso seguir todos os passos de uma construção sustentável, principalmente quando se trata de produzir alimentos, e comprovar que o processo cumpre os princípios da sustentabilidade. Com essa perspectiva foi conduzido o painel “Os Desafios e Oportunidades de Crescimento do Agro Sustentável no Paraná”, em evento organizado pelo jornal Gazeta do Povo e realizado nesta quarta-feira (11) na sede da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), que teve na abertura o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

“Produzir alimento é nosso negócio principal, e provavelmente o que nos trouxe até aqui não será suficiente para a gente dar um novo salto em quantidade e qualidade, por isso o esforço de trazer nossa agricultura para um modelo cada vez mais sustentável”, ressaltou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, um dos participantes do painel.

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Ele apresentou o Plano Estadual de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC+ PR), que tem como desafio reduzir a emissão de gases de efeito carbono a partir de algumas atitudes, como a recuperação de 351 mil hectares de áreas de pastagens degradadas até 2030. Também estão no plano ações de melhoria de plantio direto de 400 mil hectares em grãos e em 4 mil hectares o plantio direto de hortaliças.

A integração de lavoura, pecuária e floresta (ILPF) deve alcançar 500 mil hectares. Esse método possibilita a diversidade de culturas consorciando-se em uma mesma área. Também deve-se aumentar em 430 mil hectares o uso de bioinsumos, além de alcançar mais 48 mil hectares em sistemas irrigados. A meta é, ainda, reforçar em 220 mil hectares as florestas plantadas no Estado.

“Nós participamos em 2,34% da área nacional, mas com potencialidade de contribuir em 15% da meta nacional de redução de gases de efeito estufa até 2030”, disse Ortigara. “O agro tem essa capacidade de fixar carbono em sistemas e processos de produção, por isso nos colocamos esse desafio enorme”.

Ele destacou o reforço no trabalho de conservação de solo em microbacias e a parceria com entidades privadas no intuito de estabelecer parâmetros de manejo conservacionista integrado de solos e água. “Precisamos trabalhar com todas as práticas modernas, especialmente com plantas de cobertura, matéria orgânica e proteção do solo, porque manter o solo química, física e biologicamente bem equilibrado é condição fundamental para a agricultura sustentável agora e sempre”, afirmou.

Ortigara acentuou também os esforços que o Governo do Estado tem feito, com equalização total ou parcial dos juros visando investimentos em energia renovável, principalmente a solar e a proveniente de biomassa, e para irrigação.

O secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, outro painelista, citou que 33% do território paranaense é destinado à agricultura anual, vindo a seguir as florestas nativas, com 29%. “O Paraná é referência para o mundo no sentido de produzir com qualidade, quantidade e na diversidade da produção agrícola”, afirmou.

Segundo ele, há compromisso de punir o desmatamento ilegal no Estado. Em 2018 foram aplicadas 1.184 multas, com pagamento de mais de R$ 19 milhões. No ano passado foram 3.455 autuações e as multas superaram R$ 95 milhões. “Isso é preservação, isso é cuidado, isso demonstra que a gente realmente quer incentivar aquele que produz e punir aquele que está praticando crime ambiental”, reforçou.

Bernardo Jorge salientou que o Paraná tem apenas 1,28%, ou 255,4 mil hectares, de seu território irrigado. Mas há possibilidade de se alcançar 2 milhões de hectares. “O nosso potencial de aumento de produção agrícola para alimentar o mundo está aqui, na irrigação”, afirmou. “Temos de trabalhar de forma equilibrada em um plano de segurança hídrica para consumo humano, para produção de alimentos e para geração de energia”.

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