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Corpo de Edna foi enterrado nas redondezas da Fazendinha da Unioeste, diz Amábile Rissato em depoimento

Segundo a filha de Luis Rissato, além do pai e do irmão, outros dois homens auxiliaram na ocultação do corpo.

Publicado

em

Rui Barbosa

Um dos depoimentos mais aguardados do júri popular que está acontecendo em Marechal Cândido Rondon nesta quinta-feira (14), foi o de Amábile Carla Vieira Rissato, filha de Luis Rissato, acusado de ter assassinado a empresária Edna Storari.

Confira o que ela declarou:

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“Eu estava trabalhando, recebi uma mensagem do meu pai falando para passar na casa dele, aí eu fui para minha casa almocei, falei para o meu marido que meu pai queria falar comigo, aí depois do almoço fui na casa do meu pai. Quando eu cheguei na casa do meu pai, ele abriu o portão para mim, e eu vi que ele tava um pouco estranho. Perguntei se tava tudo bem e ele fez um sinal para mim com a mão, assim (gesticula) que teria acabado. Perguntei, acabado e ele fez de novo um sinal com a mão assim (gesticula), aí eu perguntei para ele o que ele tinha feito e ele me contou o que tinha feito. Fiquei transtornada, quase desmaiei, pois não esperava receber uma notícia dessa, nem que meu pai fosse fazer uma coisa dessa. Fiquei meio mal, nesse meio tempo meu marido acabou me ligando porque a gente tava vendo um ar-condicionado e ele viu que eu tava meio estranha, perguntou o que tinha acontecido e eu falei para ele ir na casa do meu pai. Ele foi na casa do meu pai, e meu pai mesmo contou para ele também o que tinha acontecido, eu não cheguei a contar para ele, quem contou foi o meu pai, foi assim”, declarou.

Segue o depoimento:

Fui até na loja que eu ia olhar o ar-condicionado, fui para casa, eu tava bem mal, fiquei uns dez dias bem mal, bem ruim mesmo, não racionei muito na hora o que tinha acontecido o que não tinha acontecido, até talvez poderia ter feito algumas perguntas mas não fiz. Aí de tardezinha meu marido foi para casa também, conversou sobre o que tinha acontecido, mas não entrei em contato com o meu pai nem com o Guilherme. No outro dia acordamos a dia foi seguindo, meu pai pediu para ajudar ele no transporte, porque nao teria outra pessoa para ajudar, ai eu falei para ele que não era isso que eu queria, mas que por uns dias ajudaria até ele arrumar outra pessoa. Não sei que situação que ia acontecer e eu ajudei eles alguns dias”.

“Meu pai só pediu para mim ajudar ele no transporte, eu ajudei e ele pediu por mensagem, ajudei ele. Sobre o corpo eu não sei onde tá, as informações que eu tenho foram muito vagas. Foi o Guilherme e meu pai que falaram; algumas informações eu tive depois que eu fui solta, e no decorrer também do processo que eram informações que o Luan teve com o Guilherme la na PEC (penitenciária), então foram passadas para o meu advogado dai eu recebi algumas informações, mas aonde tá eu não sei precisar porque eu não fui la, eu não vi o corpo em momento nenhum. O corpo tava no quarto de hóspedes, nao sei se tava com lençol. Pelo jeito que ele fala que aconteceu eu acredito que não tenha tido sangue, mas eu não sei se como tava eu não vi, não tive curiosidade de ver”. “Ele me falou que tinha sido com uma fita, na hora eu fiquei meio confusa, achei que fosse uma fita larga qualquer coisa assim, e depois eu entendi que era aquelas fitas tipo enforca gato que fala né? Eu entendi assim, então entendo que ele primeiro fez com a mão, eu acredito que ele fez sozinho, que ele tenha feito com a mão e depois passado essa fita. Eu não cheguei a ver, fiquei uns bons dias bem ruim, nao tive essa curiosidade de perguntar para ele, até porque nunca me passou pela cabeça que isso fosse acontecer”, mencionou em seu depoimento.

Fazendinha da Unioeste

A acusada pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, fraude processual e ocultação de cadáver, Amábile Rissato também disse em seu depoimento que o corpo da empresária Edna Storari foi enterrado nas proximidades da Fazendinha da Unioeste, na Linha Guará. De acordo com ela, o transporte do corpo foi feito em uma van pelo seu pai, Luis Carlos Rissato, e seu irmão, Guilherme Henrique Rissato, no dia 21 de setembro de 2021, seis dias antes da família de Edna registrar o desaparecimento da empresária. Segundo Amábile, outros dois homens, ainda desconhecidos, auxiliaram na ocultação do corpo. De acordo com ela, esses homens fizeram a cova onde o corpo foi posteriormente colocado por seu pai e irmão. Ela disse ainda que Guilherme lhe falou que no local haviam inúmeras carcaças e ossadas de animais. “Não não tive nenhuma participação, o que meu pai me falou é que ele teria ido no Mercado Weiman e comprado oito quilos de café e esse café seria usado para colocar junto no corpo para não sair o odor”, disse Amábile.

Na van, quem auxiliou, como foi feito, quando?

Amábile respondeu: “Foi ele (Luis) e o Guilherme que colocaram na van. Não sei certo quem são as pessoas, mas eles contrataram umas pessoas para fazer a cova. Essas pessoas foram acompanhando eles e eles seguiram essas pessoas, mas eu acredito que os caras em momento nenhum devem ter pego no corpo quem pegou foi o Guilherme e meu pai e depois os caras taparam o buraco e o Guilherme e meu pai foram para casa”, comentou.

Júri popular

Além de Amábile, estão sendo julgados os réus Luis Rissato, Guilherme Henrique Rissato, Luan Rafael Ferreira de Lima. O júri é presidido pelo juiz Dionisio Lobchenko Jr. e conta com a atuação do promotor Caio Marcelo Santana Di Rienzo na acusação, assistido pelo doutor Luiz Carlos Trodorfe. A defesa dos réus está a cargo dos advogados Sérgio Antônio Mendes de Oliveira, Silvia Garcia da Silva e Antonio Marcos de Aguiar.

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