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Brasileiro morre asfixiado por golpe de mata-leão ao tentar separar briga de trânsito em Portugal
Ele era motorista na Europa e foi morto por motociclista ao voltar da praia
O brasileiro Amândio Júnior, de 44 anos, natural de Presidente Epitácio (SP), morreu asfixiado por um golpe de mata-leão em uma briga de trânsito nesta segunda-feira (28), na região de Quarteira, em Portugal.
Em entrevista ao g1, a irmã da vítima informou que ele voltava da praia por volta das 15h, quando tentou separar uma confusão envolvendo um motociclista e um pedestre.
“Esse motoqueiro desceu e começou uma briga, ele foi apartar e esse cara deu tipo um mata-leão que eles falam, apertou o pescoço e acabou levando ele a óbito”, relatou Jaqueline Leite Oliveira e Silva Macedo.
Ainda segundo Jaqueline, algumas pessoas tentaram reanimar Amândio no local, mas não obtiveram sucesso.
A família também soube que o suspeito de ter cometido o crime foi preso na noite desta segunda-feira.
Uma tia da vítima, que mora nos Estado Unidos, está a caminho da cidade portuguesa para resolver o trâmite do possível translado do corpo.
O comandante do Subdestacamento Territorial de Quarteira, Mauro Dantas, informou ao g1 que o processo encontra-se em investigação pela Policia Judiciária de Faro, cidade portuguesa.
Amândio Júnior, de 44 anos, trabalhava como motorista de caminhão — Foto: Cedida
Em busca de melhores condições
Amândio saiu do interior oeste do Estado de São Paulo há seis anos para trabalhar como motorista de caminhão na Europa. Ele era solteiro e morava com um amigo em Portugal.
A irmã ainda disse que a família tinha medo da profissão, visto que havia chances dele se envolver em acidentes de trânsito.
“Até a gente tinha um receio dele estar viajando, porque ele viajava a Europa toda lá. Era mais provável um acidente de carro e não uma morte tão estúpida dessa”, ressaltou Jaqueline ao g1.
Após o acidente, o homem que morava com Amândio comunicou os amigos da cidade de Presidente Epitácio, que contaram para a família.
Tranquilo e animado
Ainda conforme Jaqueline, o irmão era tranquilo e muito querido pelos familiares e amigos.
“Ele era muito tranquilo, por isso que parece um pesadelo, não dá para acreditar no que aconteceu. Era uma pessoa tranquila, os amigos estão inconsoláveis igual a família”, lamentou entre lágrimas.
Amândio Júnior pretendia voltar ao Brasil no final deste ano para visitar os conhecidos.
Itamaraty
O g1 solicitou um posicionamento ao Ministério das Relações Exteriores, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.