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Quanto peso você carrega por falta de perdão?

Antes do ano terminar, decida pelo perdão e se comprometa com os dois exercícios apresentados no texto

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rafael rafa helfenstein
Providência

Olá, gente querida do Portal Rondon! Como vocês estão?

Bom, passamos oficialmente da metade do ano. Segundo semestre rolando e já vai chegando aquele momento em que a gente para, respira, olha para o calendário e fica alguns minutinhos pensando em nada (viajando em pensamento) até que em seguida finalmente se verbaliza aquela frase clássica: “Caraca, daqui a pouco já é natal e se foi o ano”.

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Pois é, o tempo apesar de passar há milênios exatamente no mesmo ritmo, se torna extremamente relativo para cada um de nós.

As vezes estamos passando por um momento de dificuldade financeira, problema na empresa ou na família, e assim parece que o tempo não passa, porque essa fase ruim não vai embora e o tempo se arrasta junto dela.

Outras vezes estamos tão de bem com a vida e com tudo que nos cerca, tudo acontece tão naturalmente que não nos damos conta de que 6 meses passaram num piscar de olhos e agora gostaríamos de ter visto o tempo passar mais devagar para aproveitar melhor o tempo.

Apesar de olharmos para o tempo como um elemento relativo, hoje quero falar com vocês de uma atitude que poderíamos classificar como atemporal, algo que pode mudar completamente a sua relação com o tempo. Essa atitude se chama: PERDÃO.

Na Bíblia, Deus é muito claro e objetivo sobre isso. Pecou? Se arrependa. Errou? Peça perdão! Simples assim.

Nós seres humanos complicamos essa relação, na maioria das vezes, por um obstáculo chamado EGO.

Quando alguém (ainda mais se for um amigo) erra com a gente, fazemos questão de exigir uma retratação, um reconhecimento do erro. Pois claro, “como é possível alguém errar comigo e as coisas ficarem por isso? Onde já se viu? Que falta de consideração”. Quantas vezes você já disse isso a si mesmo em uma situação dessas?

Por outro lado, quando cometemos um erro, buscamos a todo custo justificar o que falamos ou fizemos não como um erro, mas como algo mal interpretado ou de pouca relevância. “Ah, mas não é bem assim. Não foi para tanto. Você está exagerando.” Se buscarmos em nossa consciência, sabemos que não é difícil encontrar episódios assim.

O primeiro exercício a se fazer é ter clareza de que todos somos seres humanos e por isso falhos a qualquer momento. Inevitavelmente em algum lugar, por algum motivo vamos errar e alguém vai errar conosco. Esse é o jogo.

O segundo exercício é: tomar uma decisão. Pedir perdão e perdoar são decisões. Decisões tomadas conscientemente tendem a se tornarem mais fáceis ao longo do tempo.

A palavra perdão vem do latim perdonare, que significa DOAR. Perdoar então não significa você legitimar uma ofensa ou ação ruim que alguém cometeu contra você. Não é dizer que a pessoa estava certa em falar ou fazer o que fez. Significa que você está disposto a DOAR, a abrir mão do ressentimento causado por esse ato e por essa pessoa, e DECIDIU seguir em frente sem carregar um peso que não faz parte da sua bagagem.

Quando pedimos perdão o mesmo acontece do outro lado, a pessoa ferida se livra do peso do erro cometido por nós, e nós amadurecemos e temos a oportunidade de aprender a evitar novos erros, bem como corrigir e salvar uma relação que poderia se deteriorar a partir daquele momento.

“Ah, mas quer dizer então que eu tenho que perdoar e aceitar tudo numa boa?”. Não. Você pode optar por perdoar e fortalecer uma relação a partir daí, ou pode perdoar e não se relacionar mais com a pessoa em questão.

Vou contar um episódio pessoal. No começo do ano, saí de um grupo de colegas do qual fazia parte há mais de 15 anos. Eu inclusive exercia uma função de liderança nesse grupo. Algumas pessoas do grupo estavam já há algum tempo fazendo intriga pelas minhas costas, o famoso “me queimando para os outros” e eu fiquei sabendo disso. Durante uma reunião, excedi o tom de voz e fui completamente deselegante, beirando a falta de educação com um colega na frente dos demais. A reunião seguiu. Imediatamente eu percebi que passei do ponto. Logo depois do fim da reunião, fui me desculpar em particular com o colega em questão, e depois, me desculpei mais uma vez em frente as outras pessoas que estavam no local. Como eu havia errado publicamente, me senti na obrigação de me retratar publicamente.

Até hoje eu não sei se o colega em questão aceitou genuinamente meu pedido de desculpas ou não, se ficou algum ressentimento ou não, mas se eu não tivesse tomado a decisão de me desculpar, certamente ficaria remoendo a situação por muito tempo e tornado isso um fardo pesado demais para carregar. Por isso a minha consciência vive tranquila, reconheci meu erro e busquei a forma mais saudável de me retratar, pedindo perdão.

Em relação aos colegas que falavam mal de mim pelas costas, mesmo sem um pedido de desculpas por parte de nenhum deles (talvez eles não achassem que estivessem cometendo um erro), eu os perdoei, pois também não fazia sentido carregar esse sentimento ruim na minha bagage.

No dia seguinte, acordei, enviei uma mensagem pelo WhatsApp me desligando da função que eu exercia e saí definitivamente do grupo. Ponto. Vida que seguiu e segue até hoje. Com algumas pessoas do grupo eu não tenho mais contato, com algumas eventualmente me encontro e com outras continuo tendo uma relação próxima.

Pedir perdão e perdoar não é aceitar tudo. É aceitar que estamos em um jogo chamado VIDA, e que todos estão passando por fases, errando e acertando o tempo todo.

Pedir perdão e perdoar não é aceitar tudo. É aceitar que a nossa jornada já conta com dificuldades demais para carregarmos mais e mais peso que pode ser liberado com uma única decisão.

Pedir perdão e perdoar não é aceitar tudo. É aceitar que precisamos de humildade e sabedoria. Humildade para reconhecer nossos erros, pedir desculpas e aceitar as desculpas daqueles que erram conosco. Sabedoria para decidir seguir pelo caminho em frente lado a lado ou cada um na sua direção.

Antes do ano terminar, decida pelo perdão. Utilize o tempo enquanto ainda há tempo disponível. Se comprometa com dois exercícios:

  1. Peça perdão para alguém a quem você deve esse momento.
  2. Perdoe alguém que tenha te magoado (essa pessoa tendo te pedido perdão ou não). Apenas DOE o seu ressentimento sobre o que aconteceu e tire o peso das costas para seguir em frente.

Se você conseguir realizar essas tarefas, se perceber alguma mudança em sua vida, se de alguma forma algo positivo acontecer, fique à vontade para compartilhar e mandar uma mensagem lá no meu perfil do Instagram @rafa.helfenstein.

Boa semana e nos encontramos na semana que vem! Forte abraço!

acimacar amor sempre presente
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