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Avião desaparecido na Serra do Mar foi encontrado com ajuda de sinal do relógio do piloto

Aeronave estava embaixo de árvore em região de aclive, segundo a corporação. Piloto e os dois passageiros morreram

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em

— Foto: Reprodução
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Um avião particular de pequeno porte desapareceu do radar, nesta segunda-feira (3), na Serra do Mar, no Paraná, após decolar do Aeroporto Regional Orlando de Carvalho, em Umuarama, às 7h50.

Com o prefixo PT-JZC, o monomotor Piper Arrow, modelo PA-28R-200, tinha como destino a cidade de Paranaguá, no litoral do estado.

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Segundo o governo estadual, além do piloto, as outras duas pessoas que estavam na aeronave são servidoras de alto escalão da administração pública. Elas tinham uma reunião de trabalho na cidade para qual embarcaram.

A última comunicação feita pelo piloto foi feita às 10h, com o aeroporto de Ponta Grossa. 

“Após recebermos informação de que a aeronave não realizou o pouso planejado, o Órgão responsável pela investigação, SERIPA V (Órgão Regional do CENIPA – Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), foi imediatamente informado e está procedendo às investigações e procedimentos previstos”, explica a Infracea Aeroportos.

A Força Aérea Brasileira (FAB) enviou um SC-105 Amazonas, do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV), de Campo Grande, para ajudar nas buscas.

“Elas serão iniciadas assim que a aeronave se aproximar da região, estendendo-se, inclusive, durante a noite”, explica a FAB.

O governo paranaense também disponibilizou helicópteros da Casa Militar, do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas e do Corpo de Bombeiros para continuar as buscar nesta terça-feira (4).

O Corpo de Bombeiros do litoral do Estado também iniciou um trabalho na Serra do Mar.

Quem são os ocupantes

O piloto do avião que desapareceu na Serra do Mar, foi identificado como Jonas Borges Julião, e os servidores do Governo do Paraná, são Heitor Genowei Junior, superintendente do Viaje Paraná, divisão da Secretaria de Estado do Turismo e Felipe Furquim, diretor da Casa Civil na região noroeste.

Jonas Julião (piloto), Heitor Genowei Junior (Viaje Paraná) e Felipe Furquim (Casa Civil), que estão desaparecidos com a aeronave

A localização do avião

A localização do avião que estava desaparecido na região de Mata Atlântica na Serra do Mar, no litoral do Paraná, foi descoberta com a ajuda do sinal de GPS o relógio do piloto Jonas Borges Julião, de 37 anos, segundo o Corpo de Bombeiros.

“Tivemos hoje algumas informações importantes onde foi possível determinar um ponto na costa oeste da Serra da Prata, onde havia sinal de um relógio que foi emitido em algum momento. A partir dessa organização, desse ponto, as equipes foram direcionadas mais efetivamente para essa área. Com a descida dos resgatistas da Força Aérea confirmou-se a localização dessa aeronave”, explicou o comandante do Corpo de Bombeiros no litoral do estado, major Fabrício Frazatto dos Santos.

Localização do avião que estava desaparecido foi encontrada com ajuda do sinal do relógio do piloto — Foto: Reprodução/RPC

Localização do avião que estava desaparecido foi encontrada com ajuda do sinal do relógio do piloto — Foto: Reprodução/RPC

O governo do Paraná confirmou que as três pessoas que estavam no avião foram encontradas mortas. As vítimas são Heitor Guilherme Genowei Junior, 42 anos, Felipe Furquim, 35 anos, ambos servidores da Casa Civil do Governo do Paraná e o piloto Jonas Borges Julião, de 37 anos.

De acordo com o major, na quarta-feira (5) um familiar do piloto informou que ele usava um relógio que poderia ajudar nas buscas. Com isso, a Força Aérea Brasileira acionou a empresa fornecedora do equipamento.

“Verificou-se que havia uma última sinalização desse relógio numa determinada coordenada geográfica. A partir daquele momento, as buscas foram direcionadas para aquela área”, afirmou.

Local de difícil acesso

De acordo com o major, o local onde a aeronave foi encontrada fica em um terreno de aclive extremo, e de alta complexidade e dificuldade.

Ele detalhou que os resgatistas foram até a aeronave com o apoio de cordas, no estilo rapel.

“Por cima não era possível visualizar essa aeronave. Parece que ela teve uma queda na vertical, estava embaixo de uma árvore. Houve a necessidade de uma infiltração da equipe para confirmar que ali realmente havia uma aeronave”, disse.

O major explica que o avião estava a cerca de um quilômetro do ponto onde emitiu o último sinal de radar. Porém, a aeronave estava presa às copas das árvores e não podia ser vista de cima.

Só quando as equipes desceram ao local de rapel confirmaram que era o monomotor, em uma região de vale entre duas cadeias montanhosas.

O major afirma que as investigações da FAB devem apurar o que houve, mas destacou que já se sabe que chovia e que havia nebulosidade bastante baixa na região no dia do desaparecimento.

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