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Se você soubesse o quão rápido vão te esquecer

Gostemos ou não, todos nós seremos lembrados pelo que fizemos durante nossa passagem por essa vida

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rafael rafa helfenstein
Academia Meu Espaço

Olá amigos do Portal Rondon! Como estão as coisas por aí? Espero que bem!
Quero junto de vocês fazer uma reflexão para essa semana que diz respeito ao nosso tempo neste mundo: Para qual finalidade existimos?

Bom, quero começar nossa conversa analisando uma frase que vi outro dia sendo compartilhada por um conhecido meu no Instagram. A frase dizia o seguinte:

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“Se você soubesse o quão rápido vão te esquecer quando você morrer, não deixaria de fazer tanta coisa por medo do que as pessoas vão pensar”.

Vamos lá. Quero trazer aqui duas abordagens diferentes. Uma das habilidades que adquiri ao longo do tempo em que venho me dedicando ao desenvolvimento da Inteligência Emocional é justamente sempre avaliar os vários pontos de vista de uma mesma história.

Primeiramente é fácil identificar que a frase acima quer nos orientar no sentido de não darmos ouvido às críticas alheias, principalmente quando se trata de pessoas que não contribuem para a realização dos nossos projetos, objetivos e sonhos de vida. Muitas vezes e na maioria delas, as pessoas nos bombardeiam com seus julgamentos, pessimismos e frustrações pessoais, com a intenção de nos limitar, desacreditar e desmotivar através das famosas “críticas construtivas”. E olhando desse ponto de vista, é verdade, não se importe com isso. Tenha clareza dos seus objetivos e siga caminhando e ouvindo pessoas que resolvem problemas junto com você e não dê ouvidos àquelas que fazem “críticas construtivas” sem nunca terem construído nada.

Aqui entramos no segundo ponto de vista: o que temos construído?

O professor, filósofo, comunicador e maravilhoso Mário Sérgio Cortella afirma em uma de suas palestras que: “Só morre quem é esquecido”. Algo que vai de encontro a nossa frase do Instagram lá do início do texto. Mas em seguida, Cortella completa com uma pergunta que é inclusive o título da palestra: “Se você não existisse, o que faltaria?”

Gostemos ou não, todos nós seremos lembrados pelo que fizemos durante nossa passagem por essa vida humanamente limitada, sejam coisas boas ou ruins. Então antes de nos preocuparmos com o que os outros vão dizer ou pensar, podemos nos perguntar se de fato estamos dedicando tempo e preocupados em construir coisas boas a ponto de sermos lembrados pelos outros?

Se você não existisse, o que faltaria? Essa pergunta do professor Mário Sérgio me toca profundamente ao ponto de me perguntar: será que realmente tenho feito a diferença de forma positiva na vida de alguém, ou quando eu me for, não terei contribuído com nada que valha a pena ser lembrado? Você já se perguntou a respeito disso?

Ayrton Senna, piloto brasileiro de Fórmula 1, faleceu em 1 de maio de 1994, há quase 30 anos. Senna foi por muito tempo considerado herói nacional do esporte, por representar nosso país e levar alegria a toda a população. Ayrton Senna era conhecido por sua determinação, coragem e comprometimento com a excelência. Ele sempre buscava a perfeição em tudo o que fazia, seja na pista de corrida ou em sua vida pessoal. Ele também era conhecido por sua espiritualidade, que o ajudava a manter o equilíbrio e a força necessários para enfrentar os desafios da vida. Fora das pistas, o Instituto Ayrton Senna segue atuando na educação e desenvolvimento de jovens e adultos até hoje.

Assim temos tantos outros exemplos que atravessaram gerações: Marília Mendonça, Nelson Mandela, Martin Luther King, Paulo Gustavo e tantos outros nomes. Sim, são pessoas famosas, celebridades que estavam sob holofotes. Mas que utilizaram suas influências para fazer e levar o bem. Apesar disso, reconhecimento público não é pré-requisito para construir virtudes e ter uma vida que valha a pena ser lembrada.

Vou compartilhar aqui um caso íntimo e pessoal. Meu pai, Loiri Augusto Helfenstein faleceu em 2015, antes de completar 55 anos de vida. Homem simples, sem extravagâncias, não tinha nem carteira de habilitação. Até hoje quando vou a lugares nos quais me encontro com pessoas que conviveram com ele, seja no trabalho ou no dia a dia, recebo elogios e comentários sobre seu caráter e comportamento. Frases do tipo: “O Loiri era pessoa boa demais, uma pena ter ido tão cedo”.

Pessoa boa.

Veja que essas duas palavras não exigem de nós o selo de celebridade mundial.
Todos temos dons e habilidades que apesar de parecer comuns, são extraordinárias aos olhos dos outros. Saibamos como usar.

Vejamos duas listas abaixo:

a) Respeito, educação, bom humor, otimismo, atenção, alegria, animação, cordialidade, serenidade, generosidade.

b) Reclamação, apontar defeitos, pessimismo, falta de noção, raiva, descontrole, impulsividade, mal educação, desrespeito, negatividade.

No final da jornada, as duas listas serão lembradas. Arrisco afirmar que a primeira será lembrada com muito mais carinho e por muito mais tempo. Se existe a possibilidade de escolher qual delas representar, qual seria a nossa escolha?

Se eu deixasse de existir amanhã, o que as pessoas que convivem comigo perderiam com a minha ausência? Responda essa pergunta utilizando as características das listas acima ou quaisquer outras que você consiga se lembrar.

“Se você soubesse o quão rápido vão te esquecer quando você morrer, não deixaria de fazer tanta coisa por medo do que as pessoas vão pensar”.

As pessoas vão esquecer rapidamente de você e de mim se não fizermos nenhuma diferença na vida delas. Podemos ser pessoas boas intencionalmente. Eu acredito profundamente no esforço e capacidade humana de fazer o bem.

Para aqueles que se dedicam em fazer o bem, não importa por quanto tempo vivam, sempre haverá alguém para dizer: “Que pessoa boa, pena que tenha ido tão cedo.”

Sicredi
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