Uma cidade reduzida a escombros: palco de uma das batalhas mais violentas da guerra na Ucrânia

Bakhmut, no leste da Ucrânia, é a principal frente da guerra no país a essa altura do conflito, e há incertezas em relação a quem controla a cidade. Os russos afirmaram que agora dominam Bakhmut, mas os ucranianos dizem que a batalha, que já dura nove meses, ainda não acabou.

A Ucrânia controla apenas uma pequena parte da cidade. O governo do país diz que suas forças exauriram os russos e que ainda seguirão na luta.

Destruição em Bakhmut

O que é certo é que a batalha de Bakhmut tem sido excepcionalmente violenta. Dezenas de milhares de soldados de ambos os lados morreram.

Imagens de satélite divulgadas recentemente mostram que construções de infraestrutura (como ruas e pontes), prédios residenciais e outros edifícios foram reduzidos a escombros.

Uma reportagem da TV estatal russa da cidade em chamas mostrou combatentes russos gritando “Vitória!” e colocando duas bandeiras – a tricolor russa e a bandeira negra do empreiteiro militar privado Wagner – no topo de um prédio alto destruído.

Grupo de mercenários ligados aos russos

Dentro da cidade de Bakhmut, não são exatamente os militares russos que lideram as lutas, mas, sim, o grupo Wagner, um exército privado, liderado por um aliado de Vladimir Putin chamado Yevgeny Prigozhin.

A relação do grupo Wagner com a Rússia não é sempre harmônica. Prigozhin publica mensagens em que acusa os russos de abandonar seus postos e vídeos em que aparece zombando das Forças Armadas regulares da Rússia.

O grupo afirmou que vai deixar a cidade no dia 1º de junho.