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Policial e Trânsito

Na mesma hora que filho é morto a pedradas, pai é entubado por ser vítima de grave acidente, no Paraná

O caso aconteceu no domingo (30)

Publicado

em

Edson Santos Vidal e Kauan Edvaldo Santos da Silva
Velho Oeste

Um jovem de 20 anos, identificado como Kauan Edvaldo Santos da Silva, foi assassinado a pedradas no domingo (30), em Sarandi, no Paraná. Ao mesmo tempo, seu pai biológico, vítima de um grave acidente na Avenida Mandacaru, em Maringá, foi entubado. As duas ocorrências foram registradas por volta das 7 horas da manhã.

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o pai do rapaz estava em um Volkswagen Gol com outras cinco pessoas, quando a condutora Gisele dos Santos da Silva, de 36 anos, perdeu o controle da direção e bateu contra uma árvore no canteiro central da avenida, em frente à delegacia da Polícia Civil.

Ótica da Visão

O pai do rapaz assassinado foi identificado como Edson dos Santos Vidal, de 38 anos. Ele ficou gravemente ferido, teve que ser entubado e internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Bom Samaritano, e os outros cinco ocupantes foram encaminhados para hospitais de Maringá e região com ferimentos moderados.

Eles foram identificados como Emerson dos Santos Vidal, de 39 anos, Cleonice Ferreira Cardoso, de 52 anos, Victor Hugo dos Santos Vicente, de 18 anos e Everton Zampala, de 36 anos.

Dentro e fora do veículo foram encontradas garrafas de bebida alcoólica.

A motorista recusou atendimento médico e não realizou teste do bafômetro.

Não se tem novas informações sobre o estado de saúde das vítimas.

FOTO: Corpo de Bombeiros

ASSASSINATO

Enquanto o pai ia para o hospital devido ao acidente, Kauan era assassinado. O crime aconteceu no cruzamento da Rua Cruzeiro do Sul com a Avenida Universal, no bairro Jardim Universal, em Sarandi.

Ele foi encontrado caído no chão, todo ensanguentado e com vários ferimentos graves na cabeça. Ao lado do corpo foram encontradas pedras e pedaços de tijolos, que estavam sujos de sangue, e levaram os socorristas e policiais a crerem que ele foi morto a pedradas e tijoladas.

Socorristas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram acionados e tentaram reanimar o rapaz, porém, Kauan teve uma parada cardiorrespiratória e acabou morrendo.

Segundo os delegados de Sarandi, Doutor Adriano Garcia e William Araújo, que estiveram na cena do crime, o jovem havia passado a noite em uma tabacaria e saiu de lá em companhia de outras pessoas. A suspeita era de que o assassinato tivesse sido efetuado por mais de uma pessoa.

As investigações começaram ainda na manhã de domingo com a polícia buscando informações sobre as motivações do crime e um possível envolvimento de Kauan com grupos ligados ao tráfico de drogas.

Na madrugada desta segunda-feira (1º), depois do Instituto Médico Legal (IML) liberar o corpo de Kauan para a família realizar os atos fúnebres, a mãe do jovem sentiu falta de alguns dos pertences dele.

Segundo ela, na hora do assassinato, haviam roubado um par de tênis, um relógio, uma blusa e uma corrente de pescoço de Kauan. A mãe ainda mostrou aos policiais uma foto que o filho havia tirado momentos antes de ser assassinado onde ele estava com aqueles pertences.

De acordo com informações apuradas pelo site Plantão Maringá, Kauan tinha pouco contato com o pai biológico, inclusive ele não tem o nome do pai registrado e foi criado pelo padrasto. 

Kauan | FOTO: Reprodução/Redes sociais

SUSPEITO PRESO

Durante o velório de Kauan, um dos suspeitos de assassiná-lo passou pelo local com a blusa e a corrente dele, o irmão da vítima reconheceu os pertences e acionou a Polícia Militar.

Enquanto a PM não chegou, populares detiveram o suspeito.

Na sequência, o homem de 56 anos recebeu voz de prisão e foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Sarandi.

Ele negou que participou do homicídio, e disse que encontrou os objetos na esquina onde o crime aconteceu, por volta das 11h da manhã. A polícia, entretanto, não acredita no relato, já que os militares estiveram no local do crime por volta das 10h da manhã e os objetos não estavam lá.

Na casa do suspeito, que fica a cerca de 40 metros da cena do crime, os policiais também apreenderam um relógio que foi reconhecido pelos familiares de Kauan como também sendo um dos objetos do jovem. Com os novos achados, os policiais trabalham com a hipótese de que o crime tenha sido um latrocínio – que é roubo seguido por morte.

Foto: Plantão Maringá

Blusa de Kauan | FOTO: Ric Mais

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