Fale com a gente
Tic Tac

Esporte

Brasileiro vence campeonato mundial de montaria em touros, no Texas

Brasileiro encerrou o evento levando todos os títulos possíveis: campeão mundial, estreante do ano e campeão da etapa final

Publicado

em

Foto: Professional Bull Riders/Divulgação
Martin Luther – Enem

Ao mesmo tempo em que futebol não tem dado tanto orgulho para o Brasil, um esporte nascido na pecuária projeta o país no exterior. O campeonato mundial de montaria em touros. Neste ano, os atletas brasileiros dominaram as primeiras posições da disputa.

A disputa é organizada pela Professional Bull Riders (PBR). Em tradução livre a marca significa Montadores Profissionais de Touro. A final do mundial ocorreu na segunda-feira (22), em Fort Worth, no Texas.

Bonni Restaurante

Natural de Potirendaba, interior de São Paulo, Rafael José de Brito, 31 anos, ficou na primeira posição e levou o prêmio de US$ 1 milhão. Assim como ele, outros quatro brasileiros, nascidos em cidades do interior, se classificaram entre os cinco melhores atletas no campeonato mundial de montaria em touros.

Brito é filho de peão de montaria e é profissional no esporte há cerca de dez anos. O peão mora nos Estados Unidos há um ano, onde trabalha preparando touros de outros fazendeiros para rodeios. A chegada dele ao circuito internacional, porém, é recente. Ele começou a disputar fora do Brasil apenas em 2022, de acordo com o site PBR Brazil, ou seja, no ano anterior à vitória no mundial.

Na classificação final, a segunda e a terceira posição também são de atletas nascidos em cidades no interior do Brasil. Seus nomes são José Vitor Leme (26 anos), Kaike Pacheco (28) e Wingson Henrique da Silva, nascidos em Ribas do Rio Pardo (MS), Itatiba (SP) e Naviraí (MS), respectivamente.

O brasileiro se tornou o primeiro peão a conquistar o título mundial e o prêmio de estreante do ano na mesma temporada.

O esporte é considerado perigoso pelo elevado risco de lesão e Rafael contou que já até quebrou o nariz, mas desde quando começou, aos 4 anos, os pais compreendiam e apoiavam este sonho.

“Eu já quebrei o nariz duas vezes e o rosto também. Já machuquei bastante, mas não me deixo abalar, estou acostumado. Não tenho medo do esporte, só receio, então não penso nisso na hora”, disse.

Em relação ao torneio internacional, Rafael demonstrou confiança do começo ao fim e mentalizou o momento em que receberia o prêmio.

“Eu tinha o sonho de ganhar e graças a Deus foi realizado. Sempre acreditei em mim, porque já ganhei o primeiro lugar em outras competições. É muito bom e muito gratificante. Não me comparei com os outros competidores.”

Peão de Potirendaba (SP) é campeão mundial de rodeio — Foto: Professional Bull Riders/Divulgação
Peão de Potirendaba (SP) é campeão mundial de rodeio — Foto: Professional Bull Riders/Divulgação

Rafael José de Brito começou a praticar o esporte na infância (à esquerda) e que conquistou título de campeão mundial de rodeio — Foto: Rafael José de Brito/Arquivo pessoal
Rafael José de Brito começou a praticar o esporte na infância (à esquerda) e que conquistou título de campeão mundial de rodeio — Foto: Rafael José de Brito/Arquivo pessoal
eão de Potirendaba (SP) é campeão mundial de rodeio — Foto: Professional Bull Riders/Divulgação

Conheça a história do campeão

Brito viajou para a Dickies Arena para a primeira Final Mundial de sua carreira, classificado em 9º lugar na acalorada batalha da fivela de ouro, mas no topo da corrida entre os competidores do primeiro ano de Unleash The Beast.

Enquanto ele não conseguiu converter nas duas primeiras rodadas, derrubado por Top Dollar (Hookin’ W/DeHoff/VanCleave) em 2,41 segundos na Rodada 1 e Stone Cold Gangster (Universal Pro Rodeo/Rachel & Dustin Powell) na Rodada 2, Brito, que em 2022 assinou como agente livre para o Texas Rattlers na PBR Team Series separada, voltou mais determinado e com uma confiança renovada na terceira rodada.

Com a tarefa de Chiseled (Flinn/D&H Cattle Co.), Brito fez a primeira montaria de 90 pontos das Finais Mundiais da PBR de 2023 com uma pontuação gigantesca de 90,5 pontos.

O esforço de 8 segundos rendeu a Rafael José de Brito 89 pontos cruciais no Unleash The Beast, levando-o da 9ª para a 7ª posição na classificação, e ele ficou a 336 pontos do então nº 1 Kaique Pacheco (Itatiba, Brasil), que fez não competir no evento de sete dias devido a lesão.

Enquanto o Round 4 não foi a favor de Brito, já que o brasileiro foi derrotado em 2,05 segundos por Ricky Vaughn (D&H Cattle Co./Buck Cattle Co.), ele se recuperou no Round 5.

Conquistando o Time Bomb (Carr Pro Rodeo) por 89,25 pontos e empatando na segunda melhor pontuação da noite, Brito quebrou o Top 5 na batalha pelo Campeonato Mundial. Com 46 pontos de Unleash The Beast, ele subiu do 7º para o 5º lugar e ficou a 290 pontos do 1º lugar.

A pontuação também permitiu que ele ganhasse terreno na corrida de Novato do Ano, subindo 209,67 pontos à frente do então segundo colocado Daniel Keeping (Montague, Texas), que foi eliminado nas Finais Mundiais da PBR de 2023.

O ímpeto de Brito continuou a aumentar na Rodada 6 quando ele ultrapassou a liderança do evento das Finais Mundiais graças a uma corrida de 88,5 pontos no topo do Curto Circuito (D&H Cattle/McWhorter) que rendeu outros 46 pontos. Enquanto Brito permaneceu em 5º lugar na classificação, ele subiu a 244 pontos do 1º Pacheco.

Brito também ampliou sua liderança na corrida de Rookie of the Year (Jovem do ano), subindo 276,5 pontos na frente do novo piloto nº 2 do ranking Wingson Henrique da Silva (Navirai, Brasil).

Silva estava desafiando Brito na batalha de Novato do Ano, bem como na corrida pelo título do evento Finais Mundiais e Campeonato Mundial.

Antes do Domingo do Campeonato, Brito e Silva foram dois dos apenas seis peões que fizeram 3 a 6 nas Finais Mundiais. As três pontuações de Silva, registradas consecutivamente nas rodadas 3-5, o levaram a começar o último dia da temporada individual em terceiro lugar na tabela de classificação do evento das Finais Mundiais, 4,75 pontos atrás de Brito e nº 11 na classificação do Campeonato Mundial.

Na 7ª rodada, Brito optou por enfrentar Red Mosquito (Cord McCoy/Zach Muegge/McCoy Rodeo), enquanto Silva arquitetou um confronto entre ele e a Ivy League (Jane Clark/Gene Owen).

Ambas as decisões foram frutíferas, já que cada piloto fez o 8, marcando 88,25 pontos correspondentes, para empatar em segundo lugar na rodada no último dia do evento do campeonato.

As pontuações de Brito e Silva, juntamente com as rebatidas importantes de Dalton Kasel (Muleshoe, Texas), Dener Barbosa (Paulo de Faria, Brasil), Cooper Davis (Jasper, Texas) e Andrew Alvidrez (Seminole, Texas), fizeram dele um trio corrida entrando na rodada do campeonato.

O terceiro desafiante, o bicampeão mundial da PBR José Vitor Leme (Ribas do Rio Pardo, Brasil), manteve suas esperanças de título vivas na 7ª rodada, quando entregou a segunda melhor pontuação, cobrindo JAG Metals Grand Theft (D&H Cattle Co./ Philip Elkins) por 90,25 pontos. A montaria, que também vingou uma rebatida da segunda rodada, rendeu ao Leme 49 pontos Unleash The Beast, dando a ele brevemente o primeiro lugar do mundo ao ultrapassar Pacheco por 9 pontos.

Como o sexto homem eliminado na rodada do campeonato, as renovadas esperanças de vitória de Leme foram rapidamente extintas quando ele foi derrubado pelo canadense Yellowknife (Blake Sharp/Michael Floyd) em rápidos 1,8 segundos.

Então tudo se resumiu às duas últimas partidas da temporada, quando Silva se preparou para enfrentar Ricky Vaughn, enquanto Brito encontrou seu nome igual ao do candidato ao Campeão Mundial Bull Flapjack ( Parker /OK Corralis/Gordon/D&H Cattle).

Enquanto Silva foi o primeiro a sair, a tensão aumentou rapidamente quando ele foi premiado com uma nova corrida quando Ricky Vaughn tropeçou. O terceiro touro do dia de Silva, Hunting Trip (Dozier Cattle Co./Martinez Bucking Bulls), seria seu último adversário bovino atleta da temporada.

Em uma situação obrigatória, Silva não conseguiu converter, rebateu em 4,93 segundos.

Apesar de ainda precisar tentar o empate, Rafael José de Brito, que inevitavelmente seria derrubado por Flapjack em 0,97 segundos, começou a rasgar no topo dos pára-quedas quando a rebatida de Silva conquistou uma trinca nunca antes conquistada para Brito, ao vencer o Finais Mundiais para garantir o prêmio de Novato do Ano de 2023 e o Campeonato Mundial PBR de 2023.

Brito concluiu a corrida pelo título do Campeonato Mundial com 287 pontos à frente do nº 2 Leme e, na batalha do Estreante do Ano, 486,5 pontos à frente do vice-campeão Silva. Na tabela de classificação das Finais Mundiais, Brito superou o segundo colocado Silva por 4,75 pontos no total.

Além de se tornar o primeiro piloto a ganhar todos os três títulos na mesma temporada, Rafael José de Brito é agora apenas o oitavo piloto a conquistar o Campeonato Mundial e as Finais Mundiais na mesma temporada, juntando-se a Daylon Swearingen (2022 – Piffard, Nova York ) , Leme (2021), Jess Lockwood (2019 – Volborg, Montana), Silvano Alves (2014 – Pilar do Sul Brasil), JB Mauney (2013 – Statesville, Carolina do Norte), Renato Nunes (2010 – Buritama, Brasil) e Mike Lee (2004 – Decatur, Texas).

Rafael José de Brito domina a PBR World Finals
Peão de Potirendaba (SP) é campeão mundial de rodeio — Foto: Professional Bull Riders/Divulgação

Nos 30 anos de história da PBR, Brito é o 21º piloto diferente – e o oitavo brasileiro – a conquistar a fivela de ouro de Campeão Mundial da PBR. Seu título é a 13ª vez que um piloto brasileiro conquista o que é considerado o campeonato individual mais difícil do esporte profissional.

Ao longo de 2023, Brito ganhou $ 1.586.514, incluindo $ 1.390.500 por sua primeira vitória no PBR World Championship e World Finals.

montaria de Rafael José de Brito
Foto: Eugênio José

Clube Náutico
Continue Lendo

Doce Arte
Doce Arte