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O que não pode faltar na sua Páscoa? Como tudo começou e o que os internautas acham da data

Um pouco de história e opiniões

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FOTO: Arquivo/Portal Rondon
Martin Luther – Enem

A Páscoa é uma das celebrações religiosas mais importantes do cristianismo e é comemorada em todo o mundo. É uma festividade que tem origem no judaísmo antigo, mas que foi adotada pelo cristianismo para marcar a ressurreição de Jesus Cristo.

A origem do nome “Páscoa” vem do termo em latim “Pascha”, que por sua vez vem do hebraico “Pessach”, que significa “passagem”. Esse nome se refere à passagem dos judeus da escravidão no Egito para a liberdade, conforme narrado na Bíblia.

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Antes da chegada do cristianismo, muitas culturas pagãs já celebravam a chegada da primavera com rituais de renovação e ressurreição da vida após o inverno. Essas celebrações foram incorporadas à tradição cristã.

Uma das tradições mais antigas da Páscoa é o ovo, símbolo de fertilidade e renovação. Os antigos persas e egípcios já presenteavam ovos pintados nesta época do ano.

Com a vinda de Jesus Cristo, a Páscoa adquiriu um novo significado, tornando-se a celebração da ressurreição de Cristo e a vitória sobre a morte. A partir daí, a data passou a ser celebrada pelos cristãos em todo o mundo com rituais e tradições que simbolizam a renovação da vida, a vitória sobre a morte e a esperança de um novo começo.

A celebração da Páscoa foi instituída oficialmente pela Igreja Católica no século IV, mas sua data varia de acordo com a lua cheia e o equinócio de primavera, que marca o início da estação no hemisfério norte.

Além da tradição religiosa, a Páscoa é também uma data comercial importante.

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O que não pode faltar na celebração?

A forma de celebrar a Páscoa mudou bastante com o passar dos anos e é diferente em cada região do mundo.

O Portal Rondon perguntou aos internautas o que é tradição na família de cada um e o que não pode faltar neste domingo de celebração… Reunir toda a família, estar junto de quem ama é essencial e citado pela maioria das pessoas.

Em alguns comentários, dá para sentir um puxão de orelha nas novas gerações… “Muito foi ficando para trás, virou consumismo, está se perdendo o foco sobre a Páscoa… As famílias devem reconstruir o sentido. Muitas crianças não sabem o que acontece na Sexta-feira Santa e nem no sábado e domingo… deveríamos focar nos ensinamentos para nossos filhos e afilhados”, comenta a internauta Eni Meert.

E vários outros comentários ressaltam que o mais importante e o que realmente precisaria ser respeitado é o lado espiritual: a morte e a ressurreição de Jesus Cristo “pois, temos a semana inteira para refletirmos sobre o dom da vida”. 

“Páscoa é um momento para parar e agradecer o que Jesus Cristo fez pela humanidade. […] é a alegria de saber que Cristo Vive e nós também viveremos […] é um momento de reflexão, de ir à Igreja, orar […] e ser feliz!

E claro, casquinha de ovos recheadas com amendoim, cestas de ovos de chocolate de vários tamanhos e diversas cores fazem parte da celebração, aliás, muito chocolate é o que não pode faltar.

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Mas quando começou a tradição do ovo de chocolate?

A tradição do ovo de chocolate é a mais recente. Os ovos de galinha são consumidos na Páscoa há séculos. Há muito tempo, eles simbolizam o renascimento e a renovação, o que os torna perfeitos para comemorar a história da ressurreição de Jesus, mas eles nem sempre foram liberados durante o período de jejum quaresma. Atualmente, a Igreja Católica permite o consumo, mas, na Idade Média, eles eram proibidos, junto com a carne e os laticínios.

Em toda a Europa, os ovos de galinha eram oferecidos como dízimo para as igrejas locais na Sexta-Feira Santa. Pode ter sido daí que surgiu a ideia de dar ovos de presente.

Não se sabe exatamente quando as pessoas começaram a decorar os ovos, mas as pesquisas apontam para o século 13, quando o rei inglês Eduardo 1º (1239-1307) deu ovos embalados em folhas de ouro de presente para seus cortesãos.

Sabemos também que, alguns séculos mais tarde, pessoas de toda a Europa coloriam seus ovos. Normalmente, escolhiam o amarelo, usando cascas de cebola, ou vermelho, com raízes de plantas rubiáceas ou beterraba.

Acredita-se que os ovos vermelhos simbolizassem o sangue de Cristo.

Na Inglaterra, a forma mais popular de decorar os ovos empregava pétalas de flores, que geravam impressões coloridas.

Quando o chocolate chegou pela primeira vez à Grã-Bretanha no século 17, era uma novidade fascinante e muito cara.

Hoje em dia, o chocolate é considerado um alimento sólido, mas, na época, era uma bebida normalmente condimentada com pimenta, seguindo as tradições maias e astecas.

E, para os ingleses, essa nova e exótica bebida era diferente de tudo o que eles já haviam experimentado. Um autor a chamou de “néctar americano”: uma bebida para os deuses.

O chocolate logo se tornou uma bebida da moda entre os aristocratas, muitas vezes oferecida de presente, como símbolo de status. E essa tradição permanece até hoje.

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Foi naquela época que os teólogos do catolicismo, de fato, relacionaram o chocolate à Páscoa, mas devido à preocupação de que tomar chocolate infringiria as práticas de jejum durante a quaresma.

Após intensos debates, ficou definido que o chocolate preparado com água poderia ser aceitável durante o jejum. Pelo menos na Páscoa.

O chocolate continuou sendo caro até o século 19. Em 1847, a empresa Fry’s (que hoje pertence à fábrica de chocolates inglesa Cadbury) produziu as primeiras barras de chocolate sólidas, que revolucionaram o comércio do produto.

Trinta anos mais tarde, em 1873, a Fry’s desenvolveu o primeiro ovo de Páscoa de chocolate como uma iguaria de luxo, mesclando duas tradições relacionadas à troca de presentes.

Mesmo no início do século 20, esses ovos de chocolate ainda eram vistos como um presente especial e muitas pessoas nunca comiam os que ganhavam. Uma mulher no País de Gales chegou a guardar um ovo de 1951 por 70 anos e um museu em Torquay, no sul da Inglaterra, recentemente comprou um ovo que estava guardado desde 1924.

Somente nos anos 1960 e 1970, os supermercados começaram a oferecer ovos de chocolate a preços mais baixos, esperando lucrar com a tradição da Páscoa.

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