Dificuldade para engravidar: causas de infertilidade e quando procurar ajuda

Milhões de pessoas ao redor do mundo sofrem com a dificuldade para engravidar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 50 e 80 milhões de indivíduos são afetados pela infertilidade.

Até 2009, a própria OMS definia como infertilidade a incapacidade do casal de engravidar após 12 meses de relações sexuais sem a utilização de contraceptivos. Mais tarde, no entanto, ela passou a ser reconhecida como uma patologia do sistema reprodutivo.

Com isso, o assunto ganhou mais notoriedade e começou a ser reconhecido como uma questão de saúde pública. Neste artigo, você vai conhecer as causas mais frequentes para a dificuldade para engravidar, quais são os tratamentos e quando procurar ajuda médica.

Quais são as causas da infertilidade?

Inicialmente, é preciso ter clareza de que a infertilidade deve ser investigada no casal e não somente em uma das pessoas.

Entre as principais hipóteses que podem explicar as dificuldades para engravidar, estão:

• Estilo de vida;
• Aumento das Infecções Sexualmente Transmissíveis;
• Fumo, álcool e outras drogas;
• Uso indiscriminado dos anticoncepcionais hormonais;
• Adiamento da gravidez e sua influência na fertilidade;
• Inserção da mulher no mercado de trabalho;
• Distúrbios emocionais e hormonais.

As causas de infertilidade também podem estar relacionadas às condições do aparelho reprodutivo, como: obstrução tubária, endometriose e síndrome do ovário policístico.

Além disso, há também a possibilidade de diminuição do número de espermatozoides ou da mobilidade e vitalidade no sêmem ejaculado, varicocele, e infecções urinárias (lembre que a uretra do homem serve tanto para urinar quanto para ejacular), entre outras causas.

Quando procurar ajuda?

Para muitas pessoas, a principal dúvida relacionada à dificuldade para engravidar é em relação ao tempo. Qual é o melhor momento para procurar ajuda especializada?

A infertilidade pode ser uma hipótese após 12 meses de relações sexuais frequentes sem a utilização de métodos contraceptivos. Para mulheres acima dos 35 anos de idade, é recomendado procurar ajuda após 6 meses de tentativas.

Tratamentos

Após o diagnóstico, caberá ao médico informar quais são os tratamentos disponíveis e possíveis para cada caso. Entre os mais comuns, estão:

1. Indução da ovulação com namoro programado
   Este método é indicado para mulheres com distúrbios de ovulação. No tratamento, hormônios são utilizados para estimular o ovário a produzir um óvulo na época fértil, com o propósito de coincidir com o chamado “namoro programado”, em que a relação sexual deve ocorrer até 36 horas após a injeção dos hormônios.
2. Inseminação intrauterina – Na inseminação intrauterina, o médico transfere espermatozoides já tratados e selecionados no laboratório para o útero, o que deve ocorrer entre 24 e 36 horas após o pico do hormônio responsável pela ovulação. Ele é recomendado para casos de endometriose ou distúrbios de ovulação, por exemplo.

3. Fertilização in vitro
   Mais indicado para casais que já tentaram outras alternativas ou não conseguiram obter a gravidez naturalmente, a fertilização in vitro é caracterizada pela fecundação do óvulo em laboratório.

Ela é utilizada em casos de laqueadura, baixa reserva ovariana, espermograma alterado, idade avançada da mulher, obstrução tubária ou endometriose.

Outros tratamentos

Existem outros tratamentos menos convencionais que podem ser discutidos com o médico quando há dificuldade para engravidar. Alguns exemplos são:

• Doação de óvulo;
• Doação de espermatozoide (banco de sêmen);
• Gestação de substituição/doação temporária de útero;
• Teste genético pré-implantacional (PGT).