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Paranaenses que sobreviveram ao terremoto na Turquia relatam as angústias do que vivenciaram

Mais de 70 países enviaram equipes ou ajuda humanitária

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Imagem de satélite da Maxar Technologies mostra prédios destruídos e abrigos de emergência em um estádio em Kahramanmaras, Turquia. 09/02/2023 - Maxar Technologies/AFP
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Um tremor de magnitude 7,8 atingiu o povoado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia perto da fronteira com a Síria, na segunda-feira (06). Foi o terremoto mais forte desde 1939 e durou um minuto.

Mais de 70 países enviaram equipes ou ajuda humanitária à região do terremoto, entre eles EUA, Reino Unido, Alemanha, Israel e o Brasil. Os resgates são organizados com aviões de pequeno porte e helicópteros. Escolas foram transformadas em abrigos. O frio e a quantidade de prédios destruídos dificultam o resgate dos sobreviventes.

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Bombeiros brasileiros embarcam para a Turquia.
Bombeiros brasileiros embarcam para a Turquia. (Foto: Governo de SP/Divulgação)

Images de drone feitas nesta quinta-feira (3) sobre a cidade de Hatay, uma das mais afetadas pelo terremoto na Turquia.

Mortos

 Milhares de pessoas ainda estão sendo resgatadas, e outras milhares seguem desaparecidas.

Um novo balanço de mortes foi passado pelos governos da Turquia e da Síria, nesta quinta-feira (09). Há 19.746 mortes confirmadas, sendo 16.546 na Turquia e mais de 3.200 na Síria.

Os dados divulgados pela Síria não são precisos, pois levam em conta os balanços fornecidos pelo governo nacional (1.347 mortes) e por grupos de resgate que atuam no noroeste do país, controlado por jihadistas e rebeldes (estimado em mais de 1.900 mortes).

Paranaenses que estão por lá

O paranaense e missionário Dirceu Franco vive em Alepo, na Síria. Ele presenciou o terremoto e perdeu um amigo sacerdote.

“Caiu um prédio próximo ao meu e quatro pessoas morreram, inclusive um sacerdote amigo meu”, disse.

Dirceu Franco mora em Alepo, na Síria, há três anos — Foto: Reprodução
Dirceu Franco mora em Alepo, na Síria, há três anos — Foto: Reprodução

O missionário, natural de Mandirituba, Região Metropolitana de Curitiba, contou que o prédio onde mora não foi atingido e ficou dois dias sem dormir por conta do acontecimento.

“Onde eu moro é no térreo de um prédio, são sete andares, tudo balançava. Em questão de 10, 15 segundos todo mundo começou a sair de pijama, descalço e chovia. Depois ficamos duas horas pelas ruas até esperar que se acalmasse um pouco”, relatou.

Dirceu contou que muitas pessoas estão dormindo na rua por falta de abrigo, mas que muitas pessoas estão sendo solidárias.

“A situação foi horrível, mas graças a Deus tem muita solidariedade, as igrejas abriram as portas para acolher as pessoas”, comentou.

Já a empresária Hetty Walkiria Claudino, também paranaense, natural de Curitiba, do bairro Uberaba, mora em Istambul, cidade da Turquia que não foi atingida pelo fenômeno natural. Apesar disso, ela foi orientada a manter uma mala pronta, caso tenha que deixar a casa em que mora rapidamente.

Empresária Hetty Walkiria vive em Istambul — Foto: Arquivo pessoal
Empresária Hetty Walkiria vive em Istambul — Foto: Arquivo pessoal

O local fica próximo ao mar. A preocupação é que o terremoto seja seguido de um tsunami. O epicentro da tragédia está no sudoeste do país, próximo à fronteira com a Síria, que também foi prejudicada. Hetty frequenta uma igreja clandestina e tenta mobilizar doações. No entanto, o acesso aos locais afetados é feito apenas pelo governo.

A paranaense contou que a inflação e diminuição do poder aquisitivo das famílias não tem afetado a vontade das pessoas em oferecer ajuda.

“Eles são muito unidos, independente da nacionalidade, raça, cor crença, estão de mobilizando pra que a gente possa ajudar as pessoas que são vítimas. Há pontos específicos de doações, onde arrecadam roupa e alimento, principalmente porque agora está um momento de muito frio na Turquia. Isso inclui também bancos de sangue”, destacou.

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