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Primeiro-cavalheiro? Entenda o termo atribuído ao namorado de Eduardo Leite, reeleito governador do RS

Apesar de o substantivo ainda não constar do ‘Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp)’, a denominação não está errada, explica o professor de língua portuguesa Sérgio Nogueira

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Thalis Bolzan e Eduardo Leite — Foto: Reprodução
Martin Luther – Enem

O termo “primeiro-cavalheiro” passou a ser atribuído ao namorado do governador reeleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), de 37 anos, após a vitória do político nas urnas. Desde domingo (30), o médico capixaba Thalis Bolzan, de 30 anos, vem recebendo várias mensagens de felicitação.

“Primeiro cavalheiro de RS, parabéns”, disse um seguidor de Bolzan no Instagram.

Dr Rodrigo Dentista

Em seu perfil no Instagram, o pediatra afirma ser mestrando na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), instituição na qual se especializou em endocrinologia pediátrica.

O professor de língua portuguesa Sérgio Nogueira explica que, apesar de o substantivo não constar do “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp)”, a denominação não está errada e pode, no futuro, acabar sendo incluída na lista.

Organizado pela Academia Brasileira de Letras (ABL), o “Volp” faz o registro oficial de palavras do idioma.

“Se o masculino de ‘dama’ é cavalheiro, ‘primeiro-cavalheiro’ pode existir no ‘Volp’ um dia. O dicionário só registra depois que a palavra é usada oficialmente. É uma questão de opção usar ou não usar. Essa palavra ainda não tem registro, mas pode vir a ter. A gente precisa saber se a população vai adotar”, afirmou Sérgio Nogueira.

O professor lembra ainda que o Brasil já teve outros casos em que, após a eleição de mulheres para determinados cargos, o posto de primeiro-cavalheiro foi ocupado pelos respectivos companheiros.

“No Brasil, ainda não tivemos uma denominação formal para este cargo. Nós já conhecemos a nomenclatura ‘príncipe consorte’. Isso foi usado na Inglaterra para o marido da Rainha Elizabeth II, por exemplo. Aqui no Brasil, já tivemos alguns casos de governadoras mulheres, mas não lembro se a denominação foi usada”, continua Nogueira.

Na apresentação da versão mais recente do “Volp”, o texto diz: “A última flor do Lácio conta, a cada edição, com um retrato novo e antigo, ao mesmo tempo, entre continuidade e pequenas rupturas. A língua viva e a interminável floração”.

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