Bragadense é baleado pela PM após perseguição no município; família contesta a ação policial

No domingo (02), por volta das 22h40 uma equipe policial do destacamento de Pato Bragado fazia patrulhamento no centro da cidade, quando um veículo VW/gol de cor cinza, parou
em meio a pista de rolamento para soltar fogos de artifício, após o ato, este realizou
uma manobra de arrancada brusca (conforme art 175 do CTB), seguiu em direção da
viatura, e ao cruzar pela viatura, colocou a cabeça para fora do veículo, chamando a
equipe com palavras de baixo “calão”.

Diante da atitude do condutor, foi efetuada a manobra de retorno a fim de abordar o veículo, sendo que este empreendeu fuga, neste momento se iniciou o acompanhamento tático e, após o veículo parar foi dado voz de abordagem aos ocupantes, sendo que o condutor desceu do veículo aparentando estar embriagado, gesticulando com as mãos, não acatando as ordens para ficar de costas para equipe, neste momento, devido à agressividade e resistência do abordado, foi feito uso
do spray de pimenta, vindo nesse momento a acatar a ordem, se posicionando de costas com as mãos atrás da cabeça para que assim pudesse ser feito buscas pessoais.

Diante da eminente agressão e devido a proporção física do abordado, visando preservar a integridade física própria e de seu companheiro, o policial sacou a arma de fogo e efetuou um disparo, acertando o joelho esquerdo do abordado, vindo a cair ao solo. Somente então foi possível identificar o condutor, que não possui CNH, sendo socorrido pela ambulância municipal de Pato Bragado até o hospital, e logo sendo transferido para o hospital em Toledo. Escoltado por uma equipe policial, permaneceu hospitalizado para procedimentos médicos.

Família contesta a versão da PM

A reportagem do Portal Rondon obteve acesso a alguns áudios que circulam nas redes sociais, onde família do bragadense baleado pela PM contesta alguns fatos relacionados a abordagem policial.

Segundo o áudio, a família composta pelo baleado, a esposa e três filhos seguia pela Av. Willy Barth quando chegaram próximo aos apoiadores do Presidente Lula que se encontravam naquela região, abriu o vidro do carro e soltou um foguete, todos comemoram e veículo seguiu, nesse momento vinha a viatura no sentido contrário e deu ordem para abordagem. De acordo com áudio o acusado não teria usado palavras de baixo calão e sim dito aos policiais: “vão querer me abordar agora?”.

O bragadense se dirigiu para casa, enquanto a PM o seguia e utilizava sinais solicitando que o suspeito parasse o veículo, ao chegar na sua residência o homem desceu do veículo e foi interpelado pelos policiais, que solicitavam que ele colocasse a mão na cabeça, ele resistiu e então foi usado o spray de pimenta. No áudio a pessoa ainda relata que as crianças que estavam no veículo tiveram dificuldades para respirar devido ao uso do spray, já que elas estavam próximas na hora da ação policial.

Ainda segundo áudio, após o uso do spray, o homem colocou a mão na cabeça e tentou se virar, momento em que foi baleado pelo policial.