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Paraná tem 1,6 mil hectares de Mata Atlântica desmatados no 1º semestre de 2022 e é o 3º estado que mais derrubou floresta
Levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica aponta que estado só não desmatou mais que Bahia e Minas Gerais, entre janeiro e junho; Bocaiúva do Sul foi o município com maior área derrubada
Dados da Fundação S.O.S Mata Atlântica mostram que o Paraná foi o terceiro estado que mais desmatou áreas de Mata Atlântica no Brasil, no primeiro semestre de 2022.
Segundo o levantamento, do boletim do SAD (Sistema de Alertas de Desmatamento) Mata Atlântica, consolidado no MapBiomas Alerta, foram 1.607 hectares derrubados no estado.
No ranking, o Paraná teve 465 alertas e ficou atrás somente de Bahia, com 7.412 hectares cortados, e Minas Gerais, que registrou derrubada de 5.535 hectares no período analisado.
O estado do Piauí aparece em quarto lugar, com 1.364 hectares, seguido por Santa Catarina, que derrubou 1.350 hectares.
Ainda de acordo com a análise, o desmatamento no Paraná se concentra em três áreas: na região oeste, na região central do estado e também na Região Metropolitana de Curitiba.
A cidade de Bocaiúva do Sul, na região da capital, foi o município paranaense que mais desmatou floresta de Mata Atlântica no período, com a derrubada de 122 hectares.
Veja o ranking por município:
- Bocaiúva do Sul: 122 hectares;
- Nova Laranjeiras: 121 hectares;
- Jataizinho: 63 hectares;
- Espigão Alto do Iguaçu: 61 hectares;
- General Carneiro: 61 hectares;
- Diamante do Sul: 53 hectares;
- Pinhão: 50 hectares.
O estado também esteve na terceira colocação do ranking do desmatamento no balanço de todo o ano de 2021. Entre o ano passado e o ano anterior, segundo a fundação, foi desmatada uma área no estado equivalente a 3 mil campos de futebol.
Levantamento
Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, a análise dos dados foi feita pelo Sistema de Alertas de Desmatamento da Mata Atlântica (SAD Mata Atlântica).
Em todo o Brasil, considerando os 17 estados que possuem o bioma, entre janeiro e junho deste ano, foram derrubados mais de 21,3 mil hectares de floresta cortada.
O resultado equivale à emissão de mais de 10,2 milhões de toneladas de CO2 equivalentes, segundo a fundação.
O sistema utiliza uma nova tecnologia, que é capaz de monitorar áreas menores, constatando um novo padrão no desmatamento da Mata Atlântica, com pequenos cortes de floresta natural.
Segundo a organização, este perfil de ação impõe novos desafios à fiscalização contra o desmatamento.
O levantamento aponta que o principal motivo para o desmatamento é a abertura de espaço para a agricultura e também para a expansão urbana.