Fale com a gente
Bonni Restaurante

Geral

Papagaio retirado de família após ser apreendido pelo IAT é furtado de centro de animais silvestres no Paraná

Descoberta que animal havia sumido aconteceu quando advogada foi buscar Rico, como é chamado, para cumprir ordem judicial e foi informada do furto; ele foi herança de avó para neto. IAT diz que comunicou polícia do furto

Publicado

em

| Foto: Reprodução/RPC|
Providência

O paradeiro de um papagaio que foi retirado da família após ser apreendido pelo Instituto Água e Terra (IAT) virou um mistério em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. O animal desapareceu depois de ser furtado de dentro de um centro de animais silvestres onde estava sob posse do órgão.

O IAT é a autarquia estadual responsável pela regularização de animais.

Dr Guilherme Dentista

Contudo, o desaparecimento de Rico, como é chamado, só foi descoberto pela família quando eles conseguiram judicialmente reaver a tutela do papagaio. A advogada deles foi buscar o animal no IAT, mas ao chegar lá foi comunicada da situação.

Procurado, o IAT afirmou por nota que não foi comunicado da decisão judicial de devolução da guarda para a família e que, assim que soube do furto, acionou a polícia.

O órgão disse também que o animal foi levado por falta de certificado de origem.

“Muitas vezes o bicho está bem cuidado, como é o meu caso, aí vai para o poder do estado e fica à deriva. Tanto à deriva que foi furtado. Eu não consigo imaginar uma situação dessas, é muito triste para nós”, desabafou um dos tutores do papagaio.

Pedido de regularização

André recebeu o animal de herança da avó Diná e passou a cuidar dele junto aos tios. Foram 15 anos de Rico na família, sendo 10 deles sendo o companheiro da idosa, que o ganhou de presente.

“Eu e minha vó criamos ele com papinha, com frutas. Ele não possuía asas cortadas. Tanto que tem laudo do veterinário, ele frequentava sempre o veterinário”, relembrou André.

Em 2019, por se tratar de um animal silvestre, André buscou o IAT para fazer a regularização da tutela do papagaio. Rico é da espécie Amazona aestiva, também conhecida como papagaio verdadeiro, que não tem risco de extinção.

A resposta veio em janeiro deste ano.

Segundo a família, agentes do instituto foram até a casa dos tios de André e fizeram uma inspeção pelo local. Eles encontraram Rico junto a outros dois pássaros, uma patativa e um curió, duas espécies ameaçadas de extinção.

Os animais foram apreendidos e levados para o Instituto Klimionte Ambiental (IKA), que tem convênio com o IAT para ser lar temporário de espécies apreendidas até que um local definitivo seja definido. André também foi multado em mais de R$ 10 mil.

“Fiquei sabendo só que eles eram silvestres porque eles foram lá e apreenderam. Porque eu tinha explicado para eles que tinha mais dois pássaros e eles falaram que era pra fazer o cadastro apenas do papagaio. E eu deixava todo eles juntos, não tinha nada a esconder”, relembrou.

Em relação aos dois pássaros, nada pode ser feito por conta da espécie que são.

Mas, para a família, a busca agora é por saber onde está Rico. Segundo a advogada, as circunstâncias do furto não foram esclarecidas de forma oficial, tampouco foi cumprida a liminar da Justiça.

O Instituto Klimionte Ambiental lamentou o ocorrido e afirmou que, no dia do furto, outros animais além de Rico foram levados. Disse ainda que acionou a polícia e que trabalha para aumentar a segurança do local.

Procurada, a Polícia Civil informou que investiga o caso e que vai ouvir testemunhas. Disse, também, que faz investigações para identificar os autores do crime.

“Só que a gente não sabe onde ele está hoje né. Já que é um órgão oficial do governo, devia ser mais cuidadoso né”, desabafou o tio.

Clube Náutico
Continue Lendo

Doce Arte
Doce Arte