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Cinco acusados por morte de psicóloga da Penitenciária de Catanduvas vão a júri em 8 de agosto

Acusados respondem por homicídio triplamente qualificado e organização criminosa. Melissa Almeida foi morta a tiros em Cascavel, no oeste do Paraná, em 2017

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| Foto: Reprodução|
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O novo julgamento dos acusados de envolvimento na morte da psicóloga Melissa de Almeida Araújo, da Penitenciária de Catanduvas, no oeste do Paraná, terá início no dia 8 de agosto deste ano.

Melissa foi morta a tiros em maio de 2017, em Cascavel, também no oeste do estado. Um inquérito da Polícia Federal (PF) apontou que a morte da psicóloga foi encomendada por uma facção criminosa.

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O Tribunal do Júri ocorrerá na Sede Cabral da Seção Judiciária de Curitiba (SJPR), a partir das 9h. O julgamento será presidido pelo juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba.

Por se tratar de crime contra a vida de servidor público federal no exercício das funções, a competência para julgamento é do Tribunal do Júri da Justiça Federal.

Edy Carlos Cazarim, Wellington Freitas da Rocha, Elnatan Chagas de Carvalho, Roberto Soriano e Andressa Silva dos Santos são réus pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e organização criminosa.

Entre os crimes cometidos pelos acusados está também tentativa de homicídio triplamente qualificado, posse de arma de fogo, munição e acessório de uso restrito e receptação dolosa.

O g1 tenta localizar a defesa dos acusados.

Anulação e conflito de datas

No final de agosto do ano passado, a Justiça anulou o julgamento dos acusados, após o Ministério Público Federal (MPF) apresentar documentos inéditos aos jurados durante os debates entre as partes.

Esses documentos foram juntados ao processo sem o prazo de antecedência previsto para que as defesas tivessem conhecimento. Na época, tinham sido ouvidas 14 testemunhas de acusação, seis de defesa e duas testemunhas do juízo. O julgamento já durava seis dias.

Um novo julgamento foi marcado para dezembro de 2021, mas houve mudança da data em decorrência de um pedido feito pela defesa de um dos acusados por incompatibilidade de agenda.

A data foi remarcada para 31 de janeiro de 2022, mas, o advogado de um dos réus testou positivo para a Covid-19.

Posteriormente foi redesignado para abril, sendo remarcado para junho, após a defesa de um dos acusados peticionar a inclusão de assistente técnico em decorrência de um laudo anexado ao processo.

No novo julgamento, marcado para 8 de agosto, os cinco acusados irão prestar depoimento de forma virtual dos presídios onde estão.

De acordo com a Justiça Federal, ouvir todas as partes do processo deve demorar alguns dias até a deliberação da sentença.

Será permitida a entrada apenas de pessoas diretamente envolvidas no julgamento ou pessoas autorizadas pela Justiça Federal.

Relembre o caso

Melissa Almeida, de 37 anos, foi assassinada no dia 25 de maio, quando chegava em casa, em um condomínio no Bairro Canadá, em Cascavel.

O carro em que ela, o marido e um filho do casal estavam ficou cheio de marcas de tiros de fuzil.

O marido, que é policial civil, chegou a trocar tiros com os criminosos e ficou ferido. Um dos suspeitos também foi morto. Já a criança não foi ferida.

A psicóloga trabalhava na unidade de Catanduvas desde 2009 e integrava uma comissão que avalia as condições psicológicas dos presos.

Melissa teve a rotina monitorada por, pelo menos, 40 dias e foi considerada um alvo de “fácil alcance”, de acordo com as investigações.

Conforme a PF, o assassinato foi uma vingança e uma forma de tentar intimidar o trabalho dos agentes penitenciários no sistema prisional federal.

Além disso, a ordem para o assassinato da agente foi dada de dentro da Penitenciária de Catanduvas, de acordo com a polícia.

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