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Recém-nascido que sofreu queimadura ao fazer teste do pezinho no Paraná recebe alta: ‘Ele foi muito forte’, diz mãe

Bebê não parava de chorar após fazer exame e, ao chegar em casa, avó percebeu queimadura; após ser examinado, ele foi encaminhado à UTI neonatal. Polícia Civil apura o caso

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| Foto: Arquivo pessoal|
Martin Luther – Enem

O bebê recém-nascido que sofreu queimadura ao fazer o teste do pezinho, no Hospital do Trabalhador, em Curitiba, recebeu alta por volta das 11h30 desta terça-feira (28).

“Foi muito difícil, foi muito triste. A preocupação era ele melhorar. Foi cansativo demais para ele, para a família, mas graças a Deus ele se recuperou muito rápido, ele foi muito forte. Agora nós vamos poder curtir ele de verdade”, disse a mãe Amanda Cybely Ferreira dos Santos.

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De acordo com a avó paterna, Scheila Vanessa, após fazer o exame em 17 de junho, a criança com dois dias de vida não parava de chorar.

“Até então ele não tinha chorado daquela forma, um bebê calminho nos dias anteriores”, contou.

Ao chegar em casa, a avó descobriu que o pé direito do bebê estava queimado e com bolhas. A família então voltou ao hospital, onde a criança foi examinada e, no dia seguinte, encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal.

O pai do menino, Rodrigo Correia, registrou o caso na segunda-feira (20), no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria).

A Polícia Civil informou que apura o fato, mas, a princípio, será lavrado um Termo Circunstanciado, pois, por ter sido lesão corporal, não cabe inquérito policial. Testemunhas foram ouvidas.

Procedimento

O pai contou que, embora estivessem no quarto na hora do teste, ele e a mãe não viram como a enfermeira fez o procedimento. O pai afirma, no entanto, que ela chegou ao quarto carregando um copo com água quente.

“Quero saber como que acabou acontecendo isso, como que ela fez o procedimento exatamente e por que ela levou aquele copo de água, e porque estava tão quente assim”, afirmou o pai.

De acordo com o médico pediatra Washington Luiz Bittencourt, o sangue do bebê deve ser coletado pelo calcanhar para a realização do teste.

“Através de uma punção com lanceta estéril e descartável. Principalmente em dia frios, é importante manter os pés do bebê bem aquecidos, para facilitar a saída do sangue”, explicou.

Os especialistas afirmam ainda que o exame é pouco invasivo e pouco doloroso. Em dias frios, o profissional de enfermagem aquece o pé do recém-nascido para garantir uma coleta mais rápida e segura. A massagem é o jeito mais comum.

Depois disso, os enfermeiros geralmente fazem uma compressa morna, por cima da meia da criança.

Teste do pezinho

O teste do pezinho é uma medida essencial para a saúde de bebês. Um pouco de sangue retirado do calcanhar do recém-nascido é capaz de detectar doenças graves e permite o início do tratamento adequado o quanto antes.

A maior parte dos estados brasileiros, como o Paraná, ainda não oferece o teste ampliado do pezinho porque aguarda uma portaria do Ministério da Saúde.

O teste do pezinho deve ser feito logo nos primeiros dias de nascimento da criança. O que é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) sempre rastreou seis doenças apenas.

Com a lei regulamentada em maio, esse número de doenças foi ampliado para 53, mas não é uma ampliação imediata.

A lei já previa que essa ampliação iria ocorrer aos poucos, em cinco etapas. Nesse primeiro ano, por exemplo, só uma doença seria incluída no rastreamento: a toxoplasmose congênita.

Mas, na prática, nem isso foi feito. A maior parte dos estados brasileiros ainda está fazendo o teste simples do pezinho.

As secretarias estaduais de Saúde argumentam que estão aguardando a publicação de uma portaria do Ministério da Saúde sobre os procedimentos e o repasse de verbas federais.

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