Fale com a gente
acimacar amor sempre presente

Saúde

Cidades do Paraná registram falta de Tamiflu, indicado para casos de gripe, nas redes pública e particular de saúde

Pacientes reclamam dificuldades para encontrar medicamento; Sesa apontou atraso na produção e entrega por parte do Ministério da Saúde, por falta de insumos.

Publicado

em

Cidades do Paraná registram falta de Tamiflu, medicamento indicado para casos de gripe — Foto: Reprodução/RPC
Gramado Presentes

Na procura por remédios para o tratamento de sintomas gripais, pacientes de diferentes cidades do Paraná reclamam de dificuldades para encontrar um dos principais medicamentos para este tipo de problema: o Tamiflu.

O remédio é vendido ou fornecido sob receita médica e, além de ser indicado para o alívio dos sintomas da gripe, também é usado para o tratamento de casos mais graves principalmente em grupos de risco.

lift training

Segundo os médicos, o medicamento reduz o tempo de internamento e principalmente a mortalidade.

O pneumologista Vinicius Guerra, de Cascavel, relata que o número de pacientes com sintomas de gripe aumentou nas últimas semanas e que, para alguns casos, ele tem receitado Tamiflu.

“Sabemos que existem alguns grupos de risco que podem ter desfechos desfavoráveis se não utilizarem o medicamento, então, é algo que nos preocupa, principalmente quando notamos pacientes mais graves sabendo que esses pacientes não vão receber”, comentou.

Os pacientes, porém, não estão encontrando o remédio. O médico também trabalha em hospitais da região, que enfrentam a mesma dificuldade.

Cidades com falta do remédio

O Tamiflu é fornecido pelo governo do estado para as prefeituras e, além de Cascavel, outras cidades do Paraná também relatam enfrentar a mesma dificuldade:

  • Cascavel : prefeitura afirma que o remédio está em falta na rede municipal desde segunda-feira (20). Foi registrado um aumento na demanda e, ao mesmo tempo, houve uma falta de insumos para produção do medicamento.
  • Foz do Iguaçu: a Secretária Municipal de Saúde informou que, desde fevereiro, está faltando o Tamiflu de 30 e 45 mg na cidade. O comprimido de 75 mg está com abastecimento normal.
  • Guarapuava : a demanda também aumentou e o medicamento está sendo usado principalmente no tratamento de crianças. O estoque da rede municipal de saúde baixou e só há Tamiflu para mais uma semana, segundo o município. Também estão em falta alguns antibióticos.
  • Maringá: falta Tamiflu na concentração de 45 mg. A Secretaria Municipal de Saúde disse que solicitou reposição do estoque em todas as concentrações do medicamento e que aguarda retorno.
  • Paranavaí : a farmácia municipal está sem o medicamento e não há previsão de reposição, de acordo com o município.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) afirmou que o medicamento é distribuído pelo Ministério da Saúde e está sendo enviado de forma parcelada devido ao atraso na produção por falta de insumos no fabricante. Diante disso, podem ocorrer faltas pontuais em alguns municípios.

A previsão da Sesa é de que em julho a situação seja regularizada.

O Ministério da Saúde informou que trabalha em conjunto com Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), conselhos municipais e estaduais de saúde e representantes das indústrias farmacêuticas para verificar as causas e articular ações emergenciais para mitigar o desabastecimento dos medicamentos no país.

Rede particular

Por consequência da falta de Tamiflu disponível na rede pública, a rede particular saúde, principalmente nas farmácias privadas, registrou aumento na procura. Em uma farmácia de Cascavel, os estoques chegaram a zerar também, mas recentemente houve reposição.

“Nós conseguimos fazer uma incorporação de estoque que vai conseguir dar conta de uma primeira demanda de compras, então acredito que parte desse público vai ser atendido pela farmácia”, destacou o farmacêutico Renato Arenhardt .

O problema, segundo os pacientes, é o preço: em uma das drogarias, a caixa com 10 comprimidos custa R$ 343, dinheiro que muitas pessoas, como a aposentada Therezinha Trapp, que ganha um salário mínimo por mês, não têm para pagar.

“Eu já tive covid três vezes, já tive dengue e, agora, se eu não tomar esse remédio não vou melhorar. Estou com febre, suando, não tenho vontade de comer, muita dor de cabeça. Tenho imunidade baixa, então, não posso faltar com a medicação”, disse.

Therezinha precisa de pelo menos 11 medicamentos, sendo a maioria para gripe, após ser diagnosticada com H1N1. Ela reclama que não consegue encontrar Tamiflu disponível há dias.

Sicredi
Continue Lendo

Doce Arte
Doce Arte