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Doutoranda da Unioeste Marechal conquista 1º e 3º lugar do prêmio de inovação na Aquishow

A doutoranda representou a Unioeste no Aquishow, evento da Aquicultura Nacional que reúne todos os elos da cadeia produtiva do setor para discutir os mais diversos assuntos ligados a ele, com o objetivo de aperfeiçoar práticas de produção e seu desenvolvimento

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|Fotos: Aquishow/Divulgação|
Providência

A noite de quinta-feira (26) foi marcada por muita emoção para a doutoranda do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus de Marechal Cândido Rondon, Ana Maria da Silva, que conquistou dois troféus no  Prêmio Inovação Aquícola na Aquishow, ficando em primeiro lugar, pelo projeto apresentado na categoria Beneficiamento e Produto Final e em terceiro lugar, pelo projeto apresentado na categoria Academia.

A doutoranda representou a Unioeste no Aquishow, evento da Aquicultura Nacional que reúne todos os elos da cadeia produtiva do setor para discutir os mais diversos assuntos ligados a ele, com o objetivo de aperfeiçoar práticas de produção e seu desenvolvimento.

Academia Meu Espaço

São mais de 13 anos de pesquisa desenvolvendo produtos à base de pescados, tendo sempre como inspiração atender necessidade de produtores aquícolas da região agregando valor para a mercadoria. Para além da pesquisa científica, o desenvolvimento desses produtos sempre esteve envolto com amor e intuito de ajudar, como foi a produção do sorvete de peixe, pensado para ajudar a filha que passava por um câncer gestacional e precisava incluir proteínas da dieta.

“Estes prêmios em nível nacional consagram uma longa jornada de dedicação e pesquisa minha e dos meus colegas e professores, desde a graduação, e agora vão se consolidando com a minha tese de doutorado e a solicitação da patente dos produtos, para os quais já estamos pensando em licenciar para empresas interessadas, para que estes produtos possam ser produzidos comercialmente, para gerar empregos e renda na economia da cadeia produtiva da aquicultura. Outra coisa importante é mostrar a importância da Universidade como geradora de inovações tecnológicas e na formação qualificada de profissionais. Gratidão a Deus por tudo… sempre”, destaca Ana Maria.

Para o reitor da Unioeste, Alexandre Almeida Webber, esse prêmio é um reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela doutoranda.

“Uma doutoranda nossa ganhar esse prêmio é muito importante, a Ana Maria tem um esforço grande no desenvolvimento disso, tem muita coisa a vir pela frente e ela ser reconhecida, eu acho que dá mais força para continuar”.

Além disso, Alexandre destacou a importância da universidade para o desenvolvimento regional. “Eu acho importante para que as pessoas entendam que a Universidade produz pesquisa e que essa pode estar em conjunto com a sociedade pra melhoria do dia a dia”.

Segundo o orientador da Ana Maria, professor Arlindo Fabricio Correia, “ter pesquisa indicada para premiação em um evento que destaca o segmento da aquicultura no Brasil é muito especial para a Universidade, incentiva ainda mais as atividades de inovação no ambiente acadêmico e demonstra a capacidade dos programas de Pós-Graduação em integrar as atividades de ensino, pesquisa e extensão. Agora o foco é finalizar as etapas de estudos e possibilitar que estas descobertas venham refletir em benefícios à sociedade e a cadeia de produção e beneficiamento de alimentos”.  

Produtos

O interesse por desenvolver pesquisas e produtos feitos à base de pescados, começou observando no avançado desenvolvimento da aquicultura no Estado do Paraná, que é um dos principais produtores de tilápia do Brasil.

“A tilápia é um pescado que tem um sabor suave e agradável ao paladar, além de ter muitas proteínas e vitaminas. É um pescado que já tem uma grande aceitação no mercado e a proposta é de se usar melhor todo o pescado, aproveitando a carne não só da tilápia, mas também de outros pescados, para que sejam aproveitadas as carnes que ainda sobram após a retiradas dos filés”, explica Ana Maria.

O primeiro lugar da premiação ficou os enlatados de peixe de água doce, como os enlatados de pacu, que foi uma construção conjunta com os produtores de pacus em tanques-rede do lago de Itaipu, para agregar valor ao pescado e ter um produto diferencial no mercado consumidor. Assim como a coxinha e o dorso de rã enlatada, que é uma parceria de dez anos com a comunidade de ranicultores de Goiás, desenvolvendo um produto mais elaborado para a exportação.

Um dos grandes diferenciais dos produtos enlatados é o tempo e a forma de conservação. Como são enlatados, os produtos não necessitam de refrigeração e podem ficar até quatro anos na prateleira, gerando economia de energia elétrica e precavendo os produtores de prejuízos caso tenha falta de energia.

“Essa pesquisa vem sendo desenvolvida desde 2008, a gente estava esperando os quatro anos de prateleira dos enlatados que foram elaborados anteriormente no trabalho de conclusão do curso de Engenharia de Pesca e agora vamos iniciar os procedimentos para inserir os produtos no mercado”, explica Ana Maria.

Já o sorvete a base de peixe conquistou o terceiro lugar. Ele foi pensado para ajudar a filha que passava por um câncer gestacional. Ana Maria transformou a carne da tilápia em líquido, para assim inserir no sorvete e deixá-lo mais proteico. O sorvete com hidrolisado de tilápia está em fase de desenvolvimento e a pesquisa tem como objetivo avaliar a qualidade nutricional e a segurança alimentar do produto.

Agradecimentos

“Quero agradecer de todo meu coração a cada um e cada uma que de alguma forma contribuiu para chegarmos até aqui.  Ao professor Reginaldo e sua equipe do NIT e a toda a Unioeste em nome do reitor Alexandre.

Agradecimento especial a minha família por todo amor e apoio incondicional, ao meu querido esposo Professor Dr. Armin Feiden pelo amor e apoio incondicionais, a minha amada filha Ana Paula da Silva Leonel e minha netinha Antônia, por serem minha inspiração e ao meu genro Anderson Squinzani. E a todos meus queridos amigos e amigas pelo apoio e amor sempre.

Receber dois prêmios em duas categorias é uma honraria muito grande para todos nós, da minha Pós graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável, meu querido orientador Professor Dr. Arlindo Fabrício Correia, minha orientadora professora Dra. Adriana Maria de Grandi, meus queridos professores do grupo de pesquisas Gemaq (Grupo de Estudos e manejo em Aquicultura), onde sempre busquei e tive apoio dos professores Dr. Wilson Boscolo, Dr. Aldi Feiden, Dr. Altevir Signor, do curso de Engenharia de Pesca do Campus de Toledo.

Me acompanham a equipe da Multipesca, Irineu, Léia e Nicolas Feiden. A Amanda Hoch da Tilápia Leather.

E agradeço imensamente a equipe da Aquishow Brasil no nome  do Emerson e Marilza Patrício pela oportunidade.

Agradeço imensamente de coração a todos e todas que tiraram um tempinho para votar em nós, gratidão. A gente não faz nada sozinho nesse mundo, sempre precisamos de apoio… e isso eu sempre tive tanto em casa na família, quanto dentro da Universidade”, finaliza Ana Maria.

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