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Extração ilegal de ouro avança em terra indígena em MT e polui água e solo

Pesquisadora diz que a contaminação pode mudar o processo de reprodução dos peixes

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| Foto: PF/MT|
Imobiliária Maurício Vazquez

A extração ilegal de ouro na Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda (MT) avançou nos últimos anos e, atualmente, são três grandes garimpos na região, com forte impacto ambiental. Além do desmatamento, a atividade polui o solo e a água dos rios.

A pesquisadora Áurea Ignácio, da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), diz que a contaminação pode mudar o processo de reprodução dos peixes.

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“Contamina a água, contamina o solo, contamina o sedimento, contamina os peixes e quem comer o peixe acaba se contaminado, pode alterar o processo reprodutivo, pode alterar o processo respiratório, são diferentes e bem prejudiciais os efeitos do mercúrio”, disse.

Cerca de 180 indígenas da etnia Nambikwara vivem na terra indígena Sararé, localizada entre os municípios de Conquista d’Oeste, Nova Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade. Antes de começar a operação, a área foi cercada e os acessos bloqueados.

“Tudo que afeta esse meio ambiente, que afeta o rio, a natureza, afeta diretamente o povo indígena que depende dela. Os donos das máquinas vão responder por desmatamento, mineração ilegal e usurpação de bens da união e em alguns casos, também por posse ilegal de arma e organização criminosa”, afirmou Edimar Kejejeu, Federação dos Povos Indígenas de Mato Grosso.

Na área há vários acampamentos de garimpeiros. A ação criminosa é alvo de uma operação deflagrada nesta semana.

“Não é só o fato de ser um garimpo sem autorização legal é que é impossível ter autorização legal na legislação atual, dentro de terra indígena”, disse o delegado da Polícia Federal, Helano Medeiros Lima.

A operação conjunta é feita pela Polícia Federal, Ibama, Policia Rodoviária Federal, Funai, e Força Nacional.

Essa é a quinta operação realizada na terra indígena só neste ano. Foram apreendidas 40 máquinas e 200 motores usados na extração de outro.

Segundo a polícia, o objetivo é encontrar e punir os donos do negócio a Força Nacional vai permanecer no local até abril do ano que vem para impedir o retorno dos garimpeiros.

A operação tem apoio dos indígenas que moram na área.

Os donos das máquinas vão responder por desmatamento, mineração ilegal e usurpação de bens da união e em alguns casos, também por posse ilegal de arma e organização criminosa.

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