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“O servidor público só foi desvalorizado nessa primeira gestão do governador Ratinho Jr”, disse Walkiria Mazeto no Diálogos

Ela é candidata a presidente da APP – Sindicato pela Chapa 1

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Walkiria Olegario Mazeto e o jornalista Fernando Nègre | FOTO: Reprodução/Vídeo
Providência


A candidata a presidente estadual da APP-Sindicato pela Chapa 1, Walkiria Olegario Mazeto, é a convidada para participar do Diálogos neste sábado (27).

Walkiria Mazetto é professora de Geografia da rede pública estadual há 20 anos. É da região de Campo Mourão, noroeste do Paraná. Atualmente, é secretária de finanças da APP-Sindicato e reside em Curitiba.

Dr Guilherme Dentista

A APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná representa professores e funcionários das escolas da rede pública estadual e dos municípios onde os profissionais não têm sindicato próprio. Fundada em 26 de abril de 1947, a APP é um dos maiores e mais combativos sindicatos da América Latina, representando professores, pedagogos e funcionários de escolas das redes públicas estadual e municipal do Paraná.

A atuação sindical no Brasil tem passado por uma intensa criminalização, os sindicatos deixaram de ser os “mocinhos” e passaram a ser os “vilões” no imaginário popular, a demonização da contribuição sindical é um exemplo, exercer atividade sindical propriamente dita, carrega uma série de estereótipos.

“A criminalização dos sindicatos faz parte do grande empresariado para impedir que os trabalhadores possam se organizar e lutar por melhores condições de trabalho. Por isso, nos colocamos na defesa dos trabalhadores, tentando impedir esses ataques. O governo Bolsonaro e o governo Ratinho tentaram, por lei, desmontar as legislações que respaldam os trabalhadores e a atividade sindical. […] Temos, também, entre os trabalhadores, infelizmente, aqueles que acabam contribuindo com a tese dos patrões e dos governos de que não somos merecedores de um Sindicato. […] A criminalização dos sindicatos não vem só dos governos. […] Temos sempre que fazer a nossa luta”.

No último dia 22, os professores estiveram em protesto nas escolas e em Curitiba, exigindo a data base dos servidores, segundo o atual presidente da APP, a defasagem ultrapassa 30%, e o Governador Ratinho Jr não tem sinalizado que vá fazer tal reajuste. Essa luta, muito provavelmente, vai ficar sob a direção da nova presidente da entidade. Para Walkiria, além de fortalecer a base é preciso primeiramente eleger outro governo para o Estado do Paraná.

“A data-base é uma das formas de recomposição mais universal na categoria […] atinge todos os profissionais da educação. Tem seis anos que o Estado não corrige nossos salários […] A gente espera que o índice apresentado no ano que vem comece a recompor dignamente esse valor. […] Pra gente poder conquistar isso, primeiro precisamos trabalhar para que o governador Ratinho Jr não se reeleja […] Depois, precisamos simplificar nossa luta. Fazer um bom trabalho de base, ir nas escolas, dialogar com nossos trabalhadores, ter a categoria unida”.

As principais bandeira que a Chapa 01 “Unida e Forte” são classificadas em dois grandes grupos, segundo a candidata a presidente da APP-Sindicato.

“O primeiro faz referência ao próprio trabalho: a educação de qualidade. Esse governo trouxe para o Paraná um projeto de desmonte daquilo que conhecemos como escola pública de qualidade, trouxe a terceirização, a precarização, mas também um esvaziamento de conteúdos e objetivos. […] Hoje a escola só tem preenchido dados e planilhas[…] e a Secretaria se nega a ouvir os problemas reais das escolas como se todas comunidades fossem iguais. […] Um dos pontos centrais do nosso desafio é ter condição de interferência direta no processo de educação do Paraná”.

O outro ponto fala sobre as condições de trabalho dos profissionais da educação e, para isso, segundo Walkiria, é preciso buscar recompor e tomar os pontos com servidores do País todo para rever legislações nacionais, como a terceirização dos serviços, que prejudicará, inclusive, as escolas fortemente.

“Precisamos de um governante que tenha a concepção de um Estado público. Se tem concepção de funcionário público vai valorizar e aumentar os funcionários para saúde, educação, segurança”.

estamos no meio da maior tragédia humanitária da história do nosso país, perdemos mais de 600 mil compatriotas, as escolas encaram dias difíceis e professores tiveram suas rotinas abaladas profundamente. A vacinação avançou e os números da covid-19 estão em queda. E Walkiria acredita que o problema não está na escola, mas como o governo vê o controle da pandemia. Ela afirma, ainda, que pela Secretaria de Estado da Educação as aulas teriam sido retomadas no ano passado.

“A escola é segura como qualquer outro espaço desde que a pandemia esteja controlada. O problema não é a escola, é a pandemia. A escola é um espaço essencialmente da aglomeração. Acho de uma ingenuidade pensar que na escola temos condições de manter os estudantes com distanciamento social. […]” A pandemia e o vírus não tem cerca, não para onde tem um país rico […] se não há uma política global de contenção, vamos ter novas ondas, novas variantes. […] A educação é prioridade, mas a vida vem em primeiro lugar […] Por isso, protelamos a volta”.

A chapa 01 “Unida e Forte” já denunciava as propostas do governador Ratinho Jr quando eram anunciadas. Walkiria reforça que este governo não tem um olhar de que o Estado deve servir à população. Ele olha que os recursos públicos devem favorecer cada vez mais quem já tem muito. “Isso foi se confirmando ao longo da primeira gestão”.

“O servidor público só foi desvalorizado nessa primeira gestão do governador Ratinho Jr. […] A educação representa 60% dos servidores públicos do Estado […] Tivemos a retirada de muitos direitos […] Estamos cada vez mais penalizados. […] Não concordamos com a política desse governo […]”.

A entrevista aconteceu de forma remota e este é apenas um resumo da conversa. Assista ao programa completo através da nossa página do Portal Rondon no Facebook, na Home do nosso site e no nosso canal do Youtube.

A partir das 17 horas, a entrevista é disponibilizada nos principais tocadores de podcast: Spotify, Dezzer, Amazon Music e Cast Box.

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