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Polícia investiga morte de grávida e suspeita que feto tenha sido retirado da vítima, em Bandeirantes

Segundo a Polícia Civil, vítima de 22 anos estava grávida quando foi morta, mas feto não foi encontrado. Pai da criança, que é o principal suspeito, foi agredido por populares antes de se apresentar à polícia

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|Foto: Arquivo pessoal|
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A Polícia Civil investiga a morte da grávida Larin Rodrigues, de 22 anos, em Bandeirantes, no centro-oeste do Paraná. A suspeita, divulgada nesta quinta-feira (18), é que o feto tenha sido retirado do corpo da vítima.

Conforme a polícia, o principal suspeito do feminicídio é o ex-namorado de Larin, que foi preso após ser agredido por populares, na quarta-feira (17), quando foi se apresentar à polícia, em Bandeirantes.

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De acordo com o delegado do caso, Michel Araújo, as informações preliminares do Instituto Médico-Legal (IML) indicam que a vítima foi ferida com uma arma de fogo, mas ainda não é possível afirmar se essa foi a causa da morte.

“Foi localizado um projétil de arma de fogo na cabeça de Larin, do corpo dela, e também não há indícios e vestígios macroscópios visíveis de um feto. Temos então a possibilidade do feto ter sido retirado do seu ventre”, disse.

A investigação aponta que o suspeito, de 27 anos, é pai da criança, e que a gravidez da vítima foi indesejada.

“Nós temos todo um enredo que cerca o caso, desde áudio, exames da gravidez e a motivação delineada, em face de que essa gravidez era indesejada. Temos aí toda motivação, buscamos agora colocar os atores na cena do crime para incluir o inquérito policial”, explicou o delegado.

O suspeito tem passagens por tráfico de drogas e tinha um mandado de prisão aberto contra ele, segundo a polícia.

A Polícia Civil informou que por ele ter sido agredido por populares, foi transferido para a prisão de outra cidade, mas será ouvido pelo delegado local.

De acordo com o delegado, antes de prestar depoimento e de forma informal, o suspeito negou o envolvimento no crime.

Vítima

Em mensagens de celular enviadas às amigas, Larin se mostrava angustiada e contava que o ex-namorado não queria assumir o filho.

“Quatro aos que eu queria entender. Eu não sei se é castigo, eu não sei o que é isso. Depois de quatro anos, engravidar desse moleque e ouvir tudo isso que ouvi dele. Eu não consigo parar de chorar, eu choro toda hora”, disse Larin em uma das mensagens.

De acordo com os colegas de trabalho da vítima, ela estava nervosa no dia do crime e usou muito o celular durante o dia.

Larin deixou uma filha de 4 anos, e o caso comoveu a cidade de Bandeirantes.

Amigos e familiares fizeram uma passeata, na quarta-feira (17), pedindo justiça pela jovem.

“Eles me tiraram tudo, até o direito de um velório, de um enterro, até agora não enterrei o corpo da minha filha. Eu não tenho o que falar, o que pedir, porque tudo o que eu pedir não vai trazer a minha filha de volta. Ela deixou uma filha de quatro anos. Eles não tiraram uma vida de mim, eles tiraram duas, porque eu já estava imaginando o rosto dessa criança”, disse a mãe de Larin, Marlene Rodrigues.

De acordo com a mãe, o sentimento de perda é enorme e ela ficará com a neta para tentar seguir em frente.

“Meus netos e meus filhos são tudo para mim. A cidade inteira, quem me conhece, sabe disso. Eu já imaginava o rosto dessa criança. Eles tiraram a minha felicidade. A única coisa que eu tenho para me agarrar agora, que eu tenho para continuar, é a filha dela.”

No dia em que Larin desapareceu, uma câmera de monitoramento registrou a vítima entrando em um carro, que não foi localizado.

O carro do ex-namorado suspeito e da atual namorada dele foram apreendidos. Os dois negam envolvimento no crime.

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