Esporte
Plano da Fifa de realizar a Copa a cada dois anos é criticado pela Federação Portuguesa de Futebol
Entidades do futebol vêm reagindo negativamente à ideia lançada por Gianni Infantino
Depois de Uefa, Conmebol e a Associação das Ligas Europeias, agora é a vez da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) reagir negativamente ao plano da Fifa de diminuir de quatro para dois anos o intervalo entre as Copas do Mundo. Portugal é um dos países candidatos, em conjunto com a Espanha, a sediar o Mundial de 2030.
Um comunicado assinado em conjunto pela FPF, Liga Portuguesa e outras entidades do futebol do país criticou a sugestão da Fifa, alegando, entre outros motivos, a sobrecarga dos calendários, impactos sobre a saúde física e mental dos jogadores e aumento do risco de lesões.
A nota também realça que a Copa do Mundo já terá uma mudança significativa, o aumento de 32 para 48 participantes, previsto para o Mundial de 2026, e por isso seria inoportuno outra modificação agora: “Resulta claro que não podemos ser favoráveis a que uma medida destas seja implementada e ainda menos como resultado de um processo de consulta inexistente”, diz um trecho do comunicado.
As primeiras críticas a uma eventual mudança no intervalo das Copas do Mundo vieram logo no início do mês, da parte do presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, e do mandatário da Conmebol, Alejandro Domínguez, entre outras entidades.
A Fifa, no entanto, segue trabalhando pela ideia, e divulgou esta semana o resultado de uma pesquisa global, feita de forma online com cerca de 23 mil pessoas, com 55% de respostas favoráveis a um período menor do que quatro anos entre os Mundiais.
No entanto, na distribuição dos votos pelas opções apresentadas (formato atual ou intervalos de um, dois ou três anos), a preferência ainda é por quatro anos de intervalo (45%), seguido por dois anos (30%), três (14%) e um (11%). A Fifa prometeu realizar outra enquete com mais de 100 mil torcedores em mais de 100 países.