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Verstappen e Ricciardo sugerem antecipar corridas para evitar chuva

Largadas das provas na F1 são às 15h locais. Para dupla, mudança aumentaria janela de espera em casos de interrupção por chuva; proposta foi considerada pela FIA no GP do Japão de 2014 devido ao tufão

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| Foto: twitter.com/F1 |
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A conclusão do GP da Bélgica com apenas uma volta válida neste domingo, após mais de três horas de interrupção por causa da chuva forte no Circuito de Spa-Francorchamps, gerou reações diversas por parte de pilotos e equipes – apesar da Fórmula 1 justificar a decisão por segurança e pela impossibilidade de reagendar a prova. Max Verstappen, vencedor da prova, e Daniel Ricciardo, quarto colocado na disputa, sugeriram que realizar corridas mais cedo poderia evitar casos como o da etapa belga.

– Quando você se prepara para largar às 15h e tem dias como este, talvez seja melhor começar um pouco mais cedo, ao meio-dia ou 13h. É um momento melhor. Do jeito que é agora, o tempo se arrasta e fica cada vez mais pior – sugeriu o holandês.

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Ex-companheiro de Verstappen na RBR entre 2016 e 2018 e atual piloto da McLaren, Ricciardo fez sugestão semelhante, lembrando que uma proposta parecida já foi considerada na Fórmula 1 há alguns anos:

– Se pudéssemos prever o tempo, eu consideraria a possibilidade de começar a corrida mais cedo. O problema com uma largada às 15h (no horário local) é que você só tem três ou quatro horas de luz. Se a largada fosse às 11h, teríamos uma janela muito maior. É como o GP Japão de 2014; sabíamos que a tempestade estava chegando, mas hoje talvez fosse menos óbvio.

A prova citada por Ricciardo foi marcada pelo acidente que vitimou o francês Jules Bianchi, que morreu nove meses depois do choque contra um trator, na pista molhada. Na ocasião, um tufão atravessava o país, provocando temporais na região do Circuito de Suzuka.

A Federação Internacional do Automobilismo (FIA) considerou antecipar a largada, mas desistiu da mudança que, na época, o tricampeão da F1 e então presidente não-executivo da Mercedes Niki Lauda acreditava poder evitar a batida do piloto da Marussia.

Na corrida deste domingo, a primeira largada atrasou 30 minutos por causa da chuva, e a volta de abertura foi abortada por conta das reclamações dos pilotos sobre a visibilidade. O tempo de espera após a bandeira vermelha se estendeu por mais de três horas até a F1 decidir por uma relargada do pitlane sob a contagem regressiva de 60 minutos, mais uma vez paralisada.

Aproximando-se do tempo limite de realização de um evento, de quatro horas, a categoria confirmou a classificação do momento como o resultado definitivo, validando a vitória de Max Verstappen, o segundo lugar de George Russell e o terceiro de Lewis Hamilton. Mas como menos de 75% da corrida foi completada, os pilotos levaram apenas metade dos pontos.

A decisão não foi bem recebida por pilotos como o próprio Hamilton, que falou em “farsa”, bem como Fernando Alonso e Sebastian Vettel, que considerou a validação dos pontos sem a possibilidade de disputa como “piada”. Equipes como McLaren e Alfa Romeo também se manifestaram contra. Ricciardo, porém, reconheceu que a situação deixou a F1 com poucas alternativas:

– Isso não é uma crítica, não quero que pareça um ataque porque não é culpa de ninguém o que aconteceu hoje. Sinto pelos fãs, que economizaram dinheiro para nos assistir e não puderam ver uma corrida. Mas isso foi a mãe natureza.

Em resposta às cobranças, o diretor de provas da FIA, Michael Masi, confirmou que a entidade pretende conversar com as equipes e a categoria para entender as opiniões acerca das excepcionalidades da etapa belga.

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