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Greve de caminhoneiros no Paraguai gera prejuízo diário de R$ 1,7 milhão para transportadoras brasileiras, diz sindicato

Paraguaios reivindicam aumento no valor dos fretes, mas sem acordo com o governo do país, não há previsão para fim da greve. Motoristas brasileiros relatam prejuízos com a manifestação

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|Foto: Zito Terres/Divulgação|
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A greve dos caminhoneiros em Cidade do Leste, no Paraguai, tem gerado prejuízo diário de pelo menos R$ 1,7 milhão para transportadoras brasileiras, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Foz do Iguaçu e região (SindiFoz).

Os manifestantes paraguaios querem a aprovação da lei dos fretes, para garantir um ganho fixo de 25% sobre valor do frete de cargas.

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Eles estão revindicando em diversas cidades do país vizinho, que é ligado ao Brasil, pela Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.

Sem acordo com o governo do Paraguai, os manifestantes disseram que não há previsão para terminar a greve.

“Esses caminhões, mesmo parados, eles têm custos operacionais normais. Hoje a gente está com uma estimativa de R$ 1,7 milhão por dia de custo de caminhão parado na fronteira, fora os valores de mercadoria que ficam parados e outros setores que estão sendo afetados”, disse o presidente do sindicato, Rodrigo Atílio Ghellere.

Conforme o SindiFoz, são pelo menos 4,5 mil caminhões parados. Muitos deles estão em postos de combustíveis, nas rodovias e no Porto Seco de Foz do Iguaçu, que é o maior da América Latina e está operando com capacidade máxima.

De acordo com a Receita Federal, nesta sexta-feira (13), mais de 680 caminhões estavam estacionados no porto e outros 564 aguardavam na fila de exportação.

“Esse milho que está saindo agora do Paraguai e estava vindo para o Paraná, que serve para ração animal aqui dos aviários e cooperativas próximas da gente, vai entrar em um colapso de falta e é normal que o preço seja repassado para o consumidor final, porque faltou alimento, então vai precisar ser substituído por um produto mais caro e vai direto para o preço da carne”, explicou Ghellere.

Segundo o presidente do sindicato, outra preocupação é com a segurança de quem está parado nas rodovias paraguaias.

“Ontem nós já tivemos alguns caminhões com bicas abertas, derrubando mercadorias na pista, o vandalismo iniciou. Isso acaba colocando a gente em um grau de risco e colocando o ser humano em risco, que é o nosso motorista, o nosso profissional.”

Revindicações

Caminhoneiros paraguaios estão concentrados em Cidade do Leste, a cerca de 10 quilômetros da Ponte Internacional da Amizade.

Conforme os manifestantes, outro problema que a categoria enfrenta é o alto valor do diesel.

“O frete não dá. Sair na estrada só para gastar pneu ou gastar diesel, a despesa é muito grande”, disse o caminhoneiro paraguaio Antonio Rodas.

Por causa da paralisação, filas se formam diariamente nas rodovias dos dois países e caminheiros brasileiros ficam retidos nos bloqueios.

O caminhoneiro brasileiro Renato Ribeiro está no Paraguai desde o fim de julho. A viagem que seria de uma semana, parece que não acaba mais.

“Fui parado em três bloqueios. Um eu fiquei três dias, dois eu fiquei um dia e meio mais ou menos. A gente fica na beira das estradas, muitas vezes não tem o alimento que falta, porque a gente calcula uma viagem de uma semana e acaba demorando mais. Em relação a higiene, usar o banheiro, é bem precário”, contou.

Os caminhoneiros do Paraguai dizem que podem ficar parados tempo indeterminado, até que deputados e senadores aprovem o projeto que estabelece valores de custo operacional e preço mínimo de referência para o serviço de frete.

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